No AM, congresso aborda experiências e desafios da fotografia no pós-pandemia
09 de novembro de 2022
O evento ocorre nos dias 15 e 16 de novembro, no Teatro Manauara (Reprodução/Internet)
Da Revista Cenarium*
MANAUS – Com palestras de fotógrafos renomados de todo o País, o Congresso de Fotografia do Norte “Foto Inovar/Amazônia” realiza a 5ª edição com o tema “O Recomeço”, temática focada em discutir os impactos que a pandemia trouxe para a área fotográfica. O objetivo do evento é compartilhar experiências, discutir os desafios e alternativas de quem soube se reinventar durante a crise, criando novos modelos rentáveis de negócios.
O evento ocorre nos dias 15 e 16 de novembro, no Teatro Manauara, situado na Avenida Mário Ypiranga, 1.300, Adrianópolis, Zona Centro-Sul da capital amazonense. Realizado por Paulinho Marcondes, há cinco anos o evento já trouxe mais de 50 palestrantes. Os passaportes para os dois dias de evento estão à venda a R$ 399,00 e podem ser adquiridos no site www.fotoiniovar.com.br.
Raphael Alves atuou na linha de frente da cobertura da Covid-19 no Amazonas (Raphael Alves/Reprodução)
Para o diretor do Foto Inovar e realizador do evento, Paulinho Marcondes, a partir do congresso é possível ver a evolução do mercado fotográfico e, principalmente, das pessoas impactadas que compartilharam conhecimentos e inspirações para a referência de muitos fotógrafos.
“Isso tudo trouxe uma evolução incrível na maneira de fotografar e também gerenciar os negócios. Como exemplo, já tivemos muitos fotógrafos de Manaus palestrando no nosso palco e mostrando tudo que aplicaram, após participarem dos nossos eventos. Além disso, muitos já receberam inúmeros prêmios de fotografia no Brasil e no mundo. Tudo isso é motivo de muito orgulho para todos nós, e nos motiva a continuar realizando em Manaus um evento que tem o poder de transformar carreiras e vidas por meio da fotografia”, afirma Marcondes.
Linha de Frente Covid-19
O jornalista e fotógrafo atuante na linha de frente da cobertura da Covid-19 no Amazonas, Raphael Alves abre a programação do evento com “Retratos da Pandemia”. Atuando desde o início da pandemia, nos mais diversos aspectos, desde a primeira onda, a maior crise de oxigênio que o Estado enfrentou com a chegada da segunda onda do coronavírus, e a chegada da vacina.
Alves documentou o isolamento, a cidade vazia, o comércio fechado, os hospitais, os enterros coletivos e as mortes das pessoas em suas casas.
”Segui profissionais do Samu com pacientes procurando vagas em hospital. Fui às UTIs, hospitais de campanha e cobri muito as questões dos indígenas em contexto urbano, durante a primeira onda. Depois fiz a reabertura do comércio, o retorno às aulas e todos os cuidados que isso requereu, enfim todas as tentativas de uma volta à normalidade antes da segunda onda”, relembra o autor do fotolivro: ‘Insulae’ (do latim: Isolamento), publicado em 2020 pela Artisan Raw Books.
Registro de cemitério em Manaus, no Amazonas (Raphael Alves/Reprodução)
O fotojornalista amazonense cobriu a segunda onda e a falta de oxigênio. “Vi a transferência de pacientes para outros Estados. Pacientes se tratando em casa e, novamente, morrendo sem assistência. Depois chegou a vacina e, além da chegada das primeiras doses, fotografei a vacinação dos mais diversos grupos: idosos, indígenas aldeados e vivendo em contexto urbano, adultos, jovens, crianças, mutirões de vacinação, virando noites, etc. A volta dos eventos, a ameaça da variante Ômicron. Enfim, o que quer que tenha acontecido nesse período, eu tentei fotografar”, pontua Alves.
Segundo ele, apesar de toda a crise, as pessoas o recebiam e os permitia trabalhar. Durante o evento Foto Inovar, o fotojornalista pretende contar também como alguns setores da sociedade instalavam “um ódio crescente ao jornalismo e uma vontade enorme de desacreditá-lo”. “No Foto Inovar, eu pretendo mostrar o que eu passei e vi por meio das imagens. Acho que elas falam mais que qualquer palavra que eu disser”, diz.
Ele complementa como a pandemia afetou muitos setores, inclusive, a fotografia: “Isso é um fato. Lamento que tantos colegas de fotografia e trabalhadores de diversas áreas tenham sofrido tanto. Eu trabalhei várias vezes, porque no jornalismo é assim, mas a maior parte do meu trabalho nesse período foi por conta própria. Fiz porque achava importante e ía sem garantia de receber por isso. Claro que depois recebi alguns prêmios, e isso compensou, mas o objetivo primeiro era tentar mostrar um pouco do que eu via”, finaliza Raphael Alves.
Veja a programação:
Dia 15/11
08:00 – Credenciamento
09:30 – Abertura
10:00 – Raphael Alves/Retratos da Pandemia
11:00 – Simone Di Domenico (Palestra O Recomeço)
12:15 – Almoço
13:45 – Frank Infocus (Marketing Digital para Fotógrafos)
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