Em Manaus, debate sobre democracia em crise no Brasil tem participação de Amom Mandel e Arthur Neto

O evento ocorreu no Centro Universitário Fametro, na zona Leste de Manaus, com transmissão no Youtube. (Divulgação)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O vereador da capital amazonense Amom Mandel (Podemos) e o ex-prefeito e ex-senador pelo Amazonas Arthur Virgílio Neto (PSDB) participaram nessa quinta-feira, 15, do debate “Democracia em crise no Brasil”, projeto promovido pelo Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), que tem como objetivo viabilizar bate-papo com formadores de opinião e a sociedade civil organizada. O evento ocorreu no Centro Universitário Fametro, na zona Centro Sul de Manaus, com transmissão no Youtube.

A iniciativa faz parte do Núcleo de Educação Política e Renovação (NEPR), onde o ex-prefeito é coordenador e a mediação do debate foi do diretor administrativo do Grupo Fametro, Wellington Junior. Para Arthur Virgílio Neto, a temática do encontro, a democracia, tem um valor absoluto e que não pode ser negociada. Por meio da democracia, salienta o político, a população pode defender seus interesses.

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“A democracia, como diria Winston Churchill, é um sistema político cheio de defeitos, mas ainda assim muito melhor que todos nós. Temos que defender a democracia e isso, num debate como esse, ela vai cristalizando nas pessoas a ideia de que nós temos alguns patrimônios a defender, um deles, por exemplo, é a nossa biodiversidade, o outro, é a democracia que não pode ser negociada”, salientou.

Participação

O vereador Amom Mandel da Câmara Municipal de Manaus (CMM) levou ao debate o conceito de “participacionismo”, isto é, a participação da população no governo. Para o parlamentar, essa tese deveria ser adotada na democracia brasileira com a disponibilização de tecnologia, como as redes sociais e os portais de transparência.

“Os autores do participacionismo argumentam, na verdade, que a legitimidade de um governo vem por meio da participação popular. Eu acredito nisso, porém, eles utilizam mecanismos que, ao aumentar a participação popular, diminuem o poder dos representantes do legislativo, o que eu não concordo. Na verdade, acho que a gente deveria aumentar a participação da população por meio da tecnologia, por meio das redes sociais, dos portais da transparência que devem ser melhorados e mecanismos afins”, pontuou o vereador.

De acordo com o diretor acadêmico do CPJUR, Filipe Venturini, o debate nasce da necessidade de transformação da sociedade no conceito educacional e político. “Ele vem caracterizado por um movimento de renovação. Nos últimos anos, nós idealizamos o projeto deslumbrando esse carácter antagônico da política que foi impregnada dentro da sociedade e nós trazemos um conceito de política onde nós levamos para a sociedade um debate democrático, permitindo que ela contribua também”, destacou à REVISTA CENARIUM.

Núcleo

O CPJUR é uma instituição privada e tem como foco a educação e o segmento de cursos e gestão, possuindo excelência na atuação do Direito Público. Em março deste ano, a rede de ensino inaugurou o Núcleo de Educação Política e Renovação (NEPR), com Arthur Virgílio Neto na coordenação, para expandir o projeto de educação política pelo Brasil.

Em São Paulo, o núcleo realizou o primeiro debate com o tema “O despreparo dos gestores públicos no enfrentamento à crise da Covid-19”, com a participação do vereador mais jovem da história de São Paulo, Fernando Holiday (DEM) e também com a mediação do diretor administrativo Wellington Junior. O segundo debate promovido pela instituição, por meio do núcleo, ocorreu na noite desta quinta-feira.

“Nós, enquanto educadores, enxergamos que a educação é o maior pilar transformador e, a partir daí, nós conseguimos mudar o ideal da sociedade como um todo, formando um pensamento crítico e não apenas antagônico. A política está em todo lugar e a educação política vem para isso, para transformar toda a sociedade, o pensamento, e educar para que a gente possa ter um Brasil melhor e mais democrático”, finalizou o diretor acadêmico do CPJUR, Filipe Venturini.

Edição: Carolina Givoni

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