Em Manaus, ministra anuncia investimentos para saúde ribeirinha
Por: Cenarium*
05 de fevereiro de 2025
A ministra da Saúde, Nísia Trindade (Walterson Rosa/MS)
MANAUS (AM) – A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anuncia nesta quarta-feira, 5, em Manaus, o aumento no custeio das equipes de Saúde da Família Ribeirinha. Na capital amazonense, Trindade visita a Unidade Básica de Saúde Ribeirinha da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na zona rural de Manaus, e a Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF), ancorada na comunidade. Pela tarde, a ministra participa da cerimônia de abertura do “Encontro Nacional da Estratégia Saúde da Família Ribeirinha: nos caminhos das águas o SUS se fortalece”, onde deve detalhar o anúncio e as principais mudanças no investimento das equipes.
Mesmo com valores anteriores ao reajuste, o Ministério da Saúde mais que dobrou o financiamento dessas equipes, passando de R$ 80,5 milhões em 2022 para R$ 168,1 milhões em 2024. Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 310 equipes de Saúde da Família Ribeirinha e a previsão, além do reajuste de valores, é ampliar ainda mais a quantidade de equipes, podendo chegar a 340 até o fim de 2025.
Unidade de Saúde Fluvial (Rodrigo Nunes/MS)
No Amazonas, a Unidade Básica de Saúde Ribeirinha da Comunidade Nossa Senhora de Fátima realiza mais de 500 atendimentos mensais à população local, entre assistência médica, com enfermeiros e cirurgiões-dentistas. São mais de 30 profissionais dedicados às 625 famílias e 2,4 mil pessoas diretamente acompanhadas pela estratégia Saúde da Família da unidade.
A Unidade Básica de Saúde Fluvial também acompanha rotineiramente 820 famílias e 2,6 mil pessoas da região por meio da atenção básica. A UBSF também possui laboratório para realizar e entregar exames em cada viagem. Cerca de 800 pessoas circulam em cada viagem na unidade, garantindo acompanhamento de saúde.
Esse trabalho é possível com a atuação estratégica das equipes de Saúde da Família Ribeirinha, criadas para atender às especificidades regionais da Amazônia Legal e do Pantanal Sul-Mato-Grossense. É por meio desses profissionais que os serviços da atenção primária chegam nos territórios ribeirinhos, superando as barreiras geográficas de um país de dimensão continental, como é o Brasil. Garantir assistência em saúde às populações que vivem em locais de maior vulnerabilidade social é uma prioridade do governo federal, pois ampliam o acesso com equidade ao SUS.
“Ao promover um financiamento mais adequado, com o aumento no custeio das equipes de Saúde da Família Ribeirinha, o Ministério da Saúde fortalece o trabalho multiprofissional, enfrenta as desigualdades em saúde e garante assistência de qualidade para as necessidades específicas das populações do campo, das florestas e das águas”, afirma a pasta.
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