Em Manaus, prefeito vai reajustar tarifa de energia e gera revolta

Conta de energia ilustrativa com prefeito de Manaus, David Almeida, em primeiro plano. (Divulgação)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A proximidade do aumento da conta de energia elétrica em Manaus a partir de 1º de janeiro de 2022 tem revoltado a população. No último dia 18 de outubro, os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovaram o projeto de lei de autoria do prefeito David Almeida (Avante) que permitia o aumento da taxa de iluminação pública, impactando diretamente no orçamento dos moradores da cidade para algumas faixas de consumo.

A taxa, chamada Cosip, era ajustada pela Unidade Fiscal do Município (UFM), mas vai passar a variar conforme o aumento na conta de luz. Nessa quinta-feira, 29, em entrevista ao programa da rádio Onda Digital, “Boa Noite, Amazônia”, apresentado pelos jornalistas Paula Litaiff e Eudogio Gonçalves, o vereador Rodrigo Guedes (PSC) relembrou que a nova taxa começa a valer daqui a dois dias.

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Nas redes sociais, a revolta com o aumento tomou conta dos comentários. Muitos pontuaram que a taxa aumenta enquanto muitos bairros sofrem com instabilidade no fornecimento de energia elétrica, como ocorre desde a segunda-feira, 27, após a forte chuva que atingiu a capital amazonense. “Eu que localizei o aumento, um gatilho, de que vai aumentar a partir de janeiro de 2022”, lembrou o vereador no programa.

“Não duvido que tenha (‘mensalinho’ CMM), e só ladeira abaixo sobre a energia. Além de ficar indo embora em vários bairros, ainda aumenta…”, disse uma internauta.

“Está faltando a gente se manifestar, aqui em Manaus somos muito passivos, por isso que eles fazem o que querem, não adianta ir só um punhado de pessoas, isso afeta a todos, está na hora de irmos com tudo para cima deles, manifestar contra esses aumentos abusivos, em frente à Câmara”, disse outro.

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Novos valores

Com o projeto, a taxa de iluminação pública para quem consome de zero a 100 kw/h é extinta, ou seja, o consumidor passa a ser cobrado, mesmo que o consumo seja zero. Neste ano, a contribuição é o valor mínimo de R$ 8 por mês. A taxa para quem consome até 200 kw será de R$ 10 e, para quem consome acima de 2 mil kw é de R$ 115.

A justificativa para o aumento da taxa, segundo o secretário municipal de Finanças (Semef), Clécio da Cunha Freire, é a dificuldade de investimento com a baixa arrecadação da Prefeitura de Manaus. Segundo ele, caso a medida não fosse aprovada, a alta na taxa de iluminação pública poderia acabar sendo custeada pelo tesouro e afetando a aplicação financeira na Saúde e Educação.

O texto levou votos contrários dos vereadores Amon Mandel (Podemos), William Alemão (Cidadania), Raiff Matos (DC), além do Capitão Carpê (Republicanos) e Rodrigo Guedes. Templos religiosos e condomínios ficaram isentos de pagar a taxa de aumento.

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