Em meio à floresta, indígena carrega o pai por 6 horas para se vacinar contra a Covid-19

O jovem Tamy Zoé e o pai, Wahu Zoé. (Divulgação)

Com informações do Estado de Minas

MANAUS – Em meio à exuberância da floresta amazônica, a atitude de um jovem indígena proporcionou reflexões nas redes sociais. Enquanto o mundo ainda enfrenta negacionistas e grupos antivacina, mesmo na pior crise sanitária da história, ele caminhou por seis horas com o pai nas costas para que o homem pudesse ter acesso à vacina contra a Covid-19.

O jovem Tamy Zoé e o pai, Wahu Zoé, seguiram por quilômetros dentro da mata fechada até o posto de saúde. Depois, regressam por mais seis horas de caminhada até a aldeia. Localizada no Norte do estado do Pará, os indígenas da etnia Zoé vivem em uma região entre dois rios: Cuminapandema e Erepecuru.

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A cena foi registrada pelo médico Erik Jennings e compartilhada pela Articulação dos Povos Indígenas. Na publicação em seu perfil do instagram, Erik escreveu ainda sobre os impactos da pandemia na tribo que, até o momento, vive sem casos da doença.

“Chega o ano de 2022 e não se registrou nenhum caso de Covid-19 na população Zoé”, pontuou. “Tawy carregou o pai por 6 horas dentro de uma floresta com morros, igarapés e obstáculos até a nossa base. Feita a vacina, colocou o pai nas costas novamente e andou por mais 6 horas até sua aldeia”. 

Vacinação indígena no Brasil 

Segundo dados do Ministério da Saúde, até setembro do último ano, 80% da população indígena brasileira, acima de 18 anos, já havia recebido as duas doses do imunizante contra a Covid-19. Até a data, cerca de 87% do público-alvo já havia tomado ao menos uma dose.

Em outubro, 180 mil doses de reforço foram destinadas para o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSus). As primeiras doses chegaram nas áreas indígenas em 19 de janeiro de 1021.

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