Em mensagem ao Congresso Nacional, Bolsonaro improvisa, ataca Lula e se reafirma contra regulação das mídias

Presidente improvisou e disse que o Congresso não pode regular as mídias (Foto: Reprodução)

Malu Dacio – Da Revista Cenarium

MANAUS- Assistido como em um palanque formado por apoiadores no Congresso Nacional, presidido pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a leitura da mensagem do poder executivo.

Quebrando seus próprios protocolos, Bolsonaro utilizou máscara enquanto não fez o discurso. Fugindo da mensagem oficial, disponibilizada na íntegra pelo ministério da Comunicação, o presidente atacou o ex-presidente Lula ao reafirmar que não se pode permitir a regulação das mídias

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Bolsonaro afirmou que nunca iria ao Congresso Nacional para pedir a regulação da mídia e da internet. “Eu espero que isso não seja regulamentado por qualquer outro poder. A nossa liberdade acima de tudo”, defendeu o presidente.

“Quem quer que seja, que esteja no Planalto central ouse regular a mídia. Não interessa porquê, por qual intenção e objetivo. A nossa liberdade, a liberdade de imprensa, garantida em nossa constituição não pode ser violada ou arranhada por quem quer que seja nesse país”, disse.

A fala, visivelmente improvisada, pois não estava na mensagem oficial é uma resposta direta ao ex-presidente Lula que já afirmou que, caso eleito, irá regular a mídia do País.

Outras pautas

Jair Bolsonaro destacou a parceria com o Congresso Nacional. Em sua mensagem na abertura do ano legislativo, Bolsonaro citou como exemplo da parceria o novo Marco Legal das Ferrovias, aprovado no ano passado.

Bolsonaro disse que diante dos impactos da pandemia, o governo federal não se afastou das suas atividades e afirmou ter tido duas premissas básicas: a de salvar vidas e proteger empregos. Ele iniciou seu discurso com a área da saúde.

“Na estratégia de enfrentamento, fortalecemos o SUS (Sistema Único de Saúde) por meio da ampliação da capacidade de atenção especializada, oferta de leitos, respiradores, equipamentos de proteção individual entre outros. Todas as vacinas aplicadas no Brasil foram distribuídas pelo governo federal, que adquiriu e distribuiu 400 milhões de doses de vacinas”, disse Bolsonaro.

Reafirmando seu posicionamento negacionista, Bolsonaro não defendeu as vacinas ao defender que “todos que assim o desejaram, conseguiram a sua vacina”, defendeu.

Sobre as chuvas que atingiram o País, Bolsonaro disse que foram enviados cerca de R$ 2 bilhões para o enfrentamento desta crise.

Estiveram na sessão o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

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