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Em RO, Parque Estadual de Guajará-Mirim sofreu desmatamento avaliado em R$ 80 milhões
11 mandados de busca e apreensão foram expedidos contra os integrantes da organização criminosa. (Rodrigo Lemos/Reprodução)
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10 de junho de 2021
Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Uma investigação do Ministério Público do Estado do Rondônia (MP-RO) apontou que o Parque Estadual de Guajará-Mirim, localizado no Estado, sofreu danos ambientais que ultrapassam a soma de R$ 80 milhões antes de perder cerca de 50 mil hectares (dos mais de 216 mil), por decisão do governador Marcos Rocha (sem partido). O desmatamento teria sido realizado por um grupo criminoso que atua na área.
Depois das investigações que tiveram início em 2020, motivadas pela confirmação da existência de uma organização criminosa atuando no desmatamento, o Ministério Público desencadeou nessa quarta-feira, 9, a Operação “Bico Fechado”, com o objetivo de combater a ocupação, comércio e exploração ilegal dos recursos naturais do parque estadual e também da região conhecida como “Bico do Parque”, mata em volta da área delimitada, que funciona nesses locais, geralmente, como amortecedor da destruição ao redor.
A ação visa cumprir 11 mandados de busca e apreensão em Nova Mamoré (RO), a 280 quilômetros de Porto Velho, e na própria capital, para desfazer o grupo e o esquema. Para isso, a operação conta com o apoio da 2ª Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil.
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O MP ainda não divulgou o balanço oficial da operação, mas contabiliza, até agora, mais de R$ 80 milhões em danos ambientais.
Embates antigos
Em maio do ano passado, a polícia caiu em uma emboscada realizada por criminosos, enquanto fiscalizava o Parque Estadual de Guajará-Mirim, na região do município de Nova Mamoré.
De acordo com o boletim de ocorrência feito por agentes da Polícia Militar Ambiental, policiais militares e civis adentraram à mata por suspeita de desmatamento e loteamento de terras para a criação de gado.
Os agentes encontraram pontes caídas, árvores derrubadas para dificultar o acesso e chegaram a passar uma noite na floresta. No dia seguinte, foram emboscados por cerca de 60 pessoas encapuzadas, que ameaçavam queimar as viaturas. Houve confronto armado e uso de spray de pimenta para dispersar os criminosos, mas ninguém se feriu.
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