Em Rondônia, Funai intensifica isolamento coletivo do povo Amondawa

Técnicos vão solicitar nove itens para que barreiras físicas passem a ser consideradas também sanitárias.(Divulgação/ FPE Uru-Eu-Wau-Wau)

Da Revista Cenarium

A Fundação Nacional do índio (Funai) atua no processo de isolamento coletivo do povo Amondawa desde o último dia 25 de abril. Os índios decidiram permanecer em suas aldeias sem o contato com pessoas de fora e proibiram a entrada de não indígenas no território. São 140 indígenas aldeados da etnia, já o número de índios isolados na Terra Indígena pode chegar a 300. A ação ocorre por meio da  Frente de Proteção Ambiental Uru-Eu-Wau-Wau na terra indígena de mesmo nome.

De acordo com o coordenador da Frente de Proteção Ambiental (FPE), Rieli Franciscato, a Funai e a comunidade indígena definiram estratégias para proteger a etnia da Covid-19.

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“Precisou apenas que déssemos os meios para que os indígenas não se deslocassem às cidades. Os Amondawa são excelentes produtores e isso demanda a comercialização da produção. Os recursos obtidos precisam ser convertidos em outros bens de consumo. Portanto, assumimos em fazer essa relação exterior para que a comunidade pudesse se resguardar”, disse Rieli, que está em isolamento social na aldeia.

O coordenador da PFE, Rieli Franciscato [camisa verde] durante a instalação da porteira na estrada de acesso à aldeia Amondawa

Em relação às medidas de prevenção, essas etnias são atendidas pelo Polo Básico de Saúde Indígena de Jarú, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Com 32 anos de trabalho na Fundação, Rieli alerta que a preocupação é a proximidade da aldeia com os índios isolados.

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