Em RR, MP apura possíveis irregularidades em contratos da Sesau com cooperativa investigada por desvio na Saúde


20 de junho de 2022
Em RR, MP apura possíveis irregularidades em contratos da Sesau com cooperativa investigada por desvio na Saúde
Fachada da Coopebras (Reprodução)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

BOA VISTA – O promotor do Ministério Público de Roraima (MP-RR) Luiz Antônio Araújo de Souza determinou a instauração de quatro Procedimentos Preparatórios para apurar possíveis irregularidades no âmbito do contrato N° 186/2017 celebrado entre a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau) e a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras).

Os alvos são os pagamentos de serviços não prestados, majoração dos valores dos plantões médicos e no que define os pagamentos realizados em duplicidade em favor de médicos cooperados. Os procedimentos foram abertos na última quarta-feira, 15, e constam no Diário Oficial do MP-RR.

O representante do MP determinou, ainda, a instauração de um Inquérito Civil para apurar possíveis irregularidades, no mesmo contrato, sobre a possível existência de superfaturamento e descumprimento da Lei 8.666/93. A lei institui normas para licitações e contratos da administração pública.

A Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras) é a mesma empresa que foi alvo de operações da Polícia Civil que investigou o desvio de ao menos R$ 30 milhões da Saúde Pública de Roraima durante anos de contratos para fornecer serviços médicos. As irregularidades foram identificadas durante a “Operação Hipócrates” deflagrada contra o núcleo administrativo da cooperativa.

Alvos

Entre os presos da operação estão o responsável pela parte operacional da Coopebras, Edilson Menezes Vieira, o vice-presidente da Cooperativa, Edivaldo Menezes Vieira, e a esposa Esmeralda Menezes Vieira. Os três foram investigados por participação em um esquema de desvio de dinheiro, que pode ter movimentado R$ 30 milhões da Saúde de Roraima.

A “Operação Hipócrates” teve três fases e foi coordenada pela Polícia Civil de Roraima em junho de 2019. Durante a primeira fase, estavam os alvos médicos efetivos que cumpriam jornadas de trabalho simultâneas. Em outubro de 2019 foi deflagrada a segunda fase, nessa o vice-presidente da Coopebras e um médico, alvos da operação, foram presos em flagrante.

O número de médicos envolvidos no esquema não foi divulgado porque o inquérito corre sob segredo de justiça.

Nota

Procuramos o governo de Roraima e a Coopebras para comentarem a abertura das investigações por parte do Ministério Público, mas até a publicação desta matéria não obtivemos retorno.

Veja os procedimentos abertos:

Veja o Diário Eletrônico do MPRR:

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