Em RR, preso irregularmente há quatro meses consegue sair de penitenciária


12 de setembro de 2024
Em RR, preso irregularmente há quatro meses consegue sair de penitenciária
Registros dos atendimentos dentro da penitenciária em Roraima (Divulgação/DPE)
Da Cenarium*

BOA VISTA (RR) – A Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) conseguiu a progressão de um preso de 26 anos do regime fechado para o semiaberto. Ele sairá da cadeia onde passou quase seis anos. O detento foi preso em dezembro de 2018 durante uma operação do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), da Polícia Militar de Roraima (PM/RR) de combate ao tráfico de drogas.

O mutirão de atendimentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), promovido pela Defensoria, foi onde o preso pediu progressão de regime. Durante três dias de ação, a equipe forense realizou mais de mil serviços jurídicos, de acordo com dados disponibilizados pela instituição.

O homem, identificado como Marcelo Augusto Tabosa Laranjeiras, estava no regime fechado irregularmente há quatro meses, quando deveria ter progredido para o regime semiaberto devido às atividades de remição de pena.

Atendimentos foram realizados durante três dias de ação (Divulgação/DPE)

“Minha ficha é boa. Para remir minha pena eu fiz curso, já fiz resenha de nove livros e de alguns filmes. Agora, eu estou esperando a Vara de Execução Penal decidir minha vida, mas já era para eu estar pagando minha pena no semiaberto”, afirmou o interno.

Os serviços do mutirão integram a segunda Ação Sociojurídica de Atendimento à Pessoa Encarcerada realizada pela Vara de Execução Penal (VEP) do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), em parceria com a DPE-RR. O mutirão proporcionou assistência jurídica aos detentos e promove o acesso a direitos para as pessoas privadas de liberdade, segundo destacou o defensor público Gustavo Velloso.

“Estamos aqui para dar andamento processual, atender demandas contidas e analisar pedidos pendentes. Além disso, com base no acórdão de progressão de regime antecipado da VEP, estamos sondando os detentos que se enquadram na decisão e pedimos a progressão de pena”, explicou.

A diretora da Pamc, Dayana Almeida, afirmou que as principais demandas dos internos é para que verifiquem o andamento de processos no poder judiciário. Diante dessa realidade, Almeida avalia o mutirão como essencial.

“Muitos internos dizem que estão com a pena vencida, outros que estão aguardando uma progressão de regime. Assim, acho bem-vindas todas as ações que proporcionam esses atendimentos. Portanto, nós organizamos toda uma logística para que atendam o maior quantitativo possível, tendo em vista que a unidade hoje é a maior do estado”, afirmou.

A expectativa do mutirão, ao unir as instituições de justiça, é atender até o mês de novembro todas as unidades prisionais. Além da Pamc, a ação acontecerá nas Cadeias Públicas Masculina e Feminina e no Centro de Progressão de Pena (CPP).

Leia mais: PF recebe denúncias de crime eleitoral e apreende mais de R$ 1 milhão em Roraima
(*) Com informações de assessoria

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