Em Xangai, aumentam casos de Covid-19 e cidades reforçam restrição

(Hector Retamal/AFP)

Com informações do InfoGlobo

XANGAI – A cidade de Xangai relatou um número recorde de casos sintomáticos de Covid-19, neste sábado, 16, e outras áreas da China reforçaram restrições para tentar controlar a pandemia. A Zona Econômica do Aeroporto de Zhengzhou, no centro do País, onde fica a fábrica da Apple, anunciou um bloqueio de 14 dias, na sexta-feira, 15, “a ser ajustado de acordo com a situação epidêmica”.

No noroeste da China, o governo da cidade de Xian pediu que moradores evitem viagens desnecessárias para fora de seus complexos residenciais e incentivou as empresas a adotarem, novamente, o trabalho remoto ou instalar funcionários dormindo em seus locais de trabalho. Vários locais de entretenimento e cultura foram fechados temporariamente.

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Respondendo às preocupações dos moradores sobre uma possível escassez de alimentos, um funcionário do governo de Xian disse, neste sábado, que a “cidade não está bloqueada”.

Já Xangai registrou, na sexta-feira, um recorde de 3.590 casos sintomáticos, além de 19.923 assintomáticos. A cidade, onde quase toda a população está confinada desde o início de abril, segue a estrita política de Covid Zero, que visa eliminar totalmente a circulação do vírus. Neste sábado, um artigo, no jornal oficial Diário do Povo, do Partido Comunista, defendeu que a abordagem era a “melhor escolha, neste estágio, com base na atual situação epidêmica da China”.

Impactos

As restrições, no entanto, levaram o cônsul-geral do Japão, em Xangai, a pedir ao governo local que abordasse as preocupações das empresas japonesas. Em uma carta publicada no site do consulado, no sábado, e destinada ao vice-prefeito, o cônsul-geral Shuichi Akamatsu “reconheceu os esforços da cidade para conter a propagação do coronavírus”, mas alertou que  “o impacto nos negócios está, claramente, se tornando mais grave a cada dia”.

Suzhou, perto de Xangai, registrou mais de 500 infecções, nas últimas horas, e o governo local pediu que as empresas adotem o trabalho remoto, evitando a entrada desnecessária de pessoas e veículos em complexos residenciais e empresariais.

O crescimento, na segunda maior economia do mundo, desacelerou no segundo trimestre de 2021, devido a problemas no mercado imobiliário e controles regulatórios em determinados setores, o que levou as autoridades a estabelecer um aumento de 5,5% no Produto Interno Bruto, para 2022, a menor meta em décadas.

Analistas dizem que amplas interrupções na cadeia de suprimentos, provavelmente, levarão a atrasos nas remessas e possibilidade de uma interrupção completa da produção se o confinamento de Xangai continuar. 

O primeiro-ministro Li Keqiang disse, esta semana, que o Estado intervirá, para ajudar os setores afetados pela pandemia, com medidas como o corte das taxas de reserva obrigatória para os bancos.

Na zona econômica de Zhengzhou, apenas funcionários com passaporte sanitário e testes negativos deixarão a zona durante o período de duas semanas, embora “veículos especiais” possam viajar, normalmente, por razões de trabalho, de acordo com autoridades locais. 

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