Embaixador da China ironiza omissão de Ministério da Saúde sobre origem de insumo


23 de maio de 2021
Embaixador da China ironiza omissão de Ministério da Saúde sobre origem de insumo
Presidente da República, Jair Bolsonaro com o Embaixador da China, Yank Wanming (Alan Santos/PR)
Com informações da Folhapress

SÃO PAULO – O embaixador chinês no Brasil Yang Wanming ironizou uma postagem do Ministério da Saúde que omitiu informações sobre a origem do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) que chegou ao Brasil para a produção de novas doses da vacina contra a Covid-19.

Nas redes sociais, o ministério anunciou a chegada de “insumos do exterior”, omitindo que foram enviados pela China. Em seu perfil, o chanceler assinalou o trecho da publicação e comentou, “Confúcio disse, feito para amigos, fiel à sua palavra.”

O novo lote de IFA chegou ao Brasil no fim da tarde de sábado (22) para a produção de 12 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

Em resposta ao embaixador, o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) agradeceu o seu apoio e disse esperar sempre a parceria dele “para essa e futuras ações”.

Uma hora após o comentário irônico do chanceler, o Itamaraty fez uma postagem nas redes sociais com um agradecimento à Chancelaria da República Popular da China pelos “esforços na pronta liberação dos insumos”.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e integrantes de seu governo insistem em ataques à China, o que tem atrapalhado as negociações para a liberação de insumos para a produção da vacina no Brasil.

Bolsonaro e seus aliados têm feito ataques e declarações sugerindo que o país asiático se beneficia economicamente da pandemia e até mesmo de que a Covid-19 teria sido criada em laboratório.
No início do mês, o presidente sugeriu que a China faz guerra biológica com o vírus.

“É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou por algum ser humano [que] ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra?”, disse o presidente na ocasião. “Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês.”

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