Empresários defendem que Brasil faça concessões para destravar mercado de carbono na COP-26

O Fortaleza Ituxi, em Lábrea, na Floresta Amazônica, é um dos projetos que geram créditos de carbono (Divulgação)

Com informações do Infoglobo

SÃO PAULO – Um grupo de empresários brasileiros defende que o governo faça concessões na COP-26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática para destravar a negociação das regras do mercado de carbono.

Esse mecanismo, que permitiria aos países comercializarem compromissos de redução de emissões de CO, contém um potencial de ganhos líquidos para o Brasil que podem ficar entre US$ 16 bilhões e US$ 72 bilhões anuais em 2030, segundo o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds).

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Os valores, que constam de uma nota técnica produzida por analistas do grupo, são uma previsão originalmente feita pela Associação Internacional de Comércio de Emissões (Ieta, pela sigla em inglês) e pelo Fundo de Defesa Ambiental (EDF, em inglês).

O Cebds, que reúne mais de 70 grupos empresariais abarcando 45% do PIB do País, pede que o governo mude a posição mantida desde 2019.

Naquele ano, em Madri, o governo brasileiro defendeu que a comercialização de créditos de carbono seja contabilizada também pelo país vendedor, sem que haja ajustes. Isso, na prática, não reduziria as emissões globais.

A nota técnica do conselho trata do Artigo 6 do Acordo de Paris, que versa sobre mercados de carbono e comércio de emissões, ainda pendente de regulamentação. O posicionamento do Cebds, publicado ontem pelo jornal Valor Econômico, é o de que o Brasil desista de insistir em uma regra específica que o favoreceria nessas transações.

Perda de atratividade

Segundo a nota técnica do Cebds, não faz sentido o Brasil adotar uma postura rígida no tema, porque o País tem “lastro” para acomodar os ajustes correspondentes e a NDC (sigla em inglês para promessa de cortes de emissão do país) pode ter um excedente.

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