Empresários do AM que descumprirem isolamento social podem ser presos


08 de abril de 2020
Empresários do AM que descumprirem isolamento social podem ser presos
Pessoas se aglomerando em feira da zona leste de Manaus - foto: reprodução

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Governo do Amazonas vai prender e aplicar multa a empresários e lojistas que abrirem os comércios não essenciais. Os serviços estavam suspensos desde o dia 23 de março, quando o governador Wilson Lima assinou o decreto de calamidade pública por conta do coronavírus.

A nova medida, que endurece as restrições de aglomeração de pessoas, permite que as forças de segurança intensifiquem as fiscalizações nas ruas, por enquanto não, até o final de abril. O decreto entrou em vigor no último dia 6 de março, e ocorreu em meio à possibilidade do sistema de saúde estadual entrar em colapso, devido à pouca quantidade de respiradores para novos pacientes com Covid-19.

Bares e restaurantes também já estavam fechados para evitar maiores aglomerações. Os estabelecimentos estão funcionando somente com o sistema delivery, ou seja, entrega em domicílio.

No entanto, mesmo diante das recomendações dos órgãos de saúde e de próprios apelos de Wilson Lima para que a população acate pedido de distanciamento social, diversos estabelecimentos da zona Leste de Manaus foram flagrados abertos e com pessoas amontoadas ou próximas umas das outras, no fim de semana de 4 e 6 de abril, quando o Amazonas já tinha confirmado 12 mortes por coronavírus.

“Todo mundo vai estar na rua: a Polícia Militar, Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, o Procon, para multar o estabelecimento comercial que estiver descumprindo e que não estiver autorizado para funcionamento, e fiscalizar aqueles estabelecimentos comerciais que estão abertos com autorizações, mas que possam não estar seguindo as recomendações de manter o espaço, as providências de higienização e de respeitar a aglomeração”, disse o governador em vídeo publicado nas suas redes sociais.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Ralph Assayag, as medidas impostas pelo governador têm sido equilibradas, uma vez que os serviços essenciais foram mantidos, mas é preciso entender o momento em que o estado está vivendo com a falta de materiais para a saúde para tomar novas providências.

“Com o fechamento das lojas, quebra o comércio e o estado que não vai ter ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para receber. Estamos acompanhando e discutindo o tempo todo com o governador. Ele tem sido equilibrado em resolver o problema. Se temos condições de manter e não morrer gente, ou o remédio contra a doença, ou mais respiradores, aí tomaremos providências de retornar às atividades”, frizou.

Apoio da prefeitura

Também endurecendo as medidas, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) anunciou que irá decretar a cassação do alvará de funcionamento de comerciantes não inclusos nos serviços essenciais, mas que estão insistindo em abrir os estabelecimentos. Segundo Arthur, a prioridade no momento é cuidar da saúde.

“Tomamos a decisão de cassar alvarás, provisoriamente, enquanto durar essa crise de comerciantes que estão insistindo em aglomerar pessoas e não compreendendo o mal que estão fazendo para sua própria saúde, para seus fregueses e para a cidade”, disse Arthur.

O gestor municipal também suspendeu a venda de passe estudantil e da gratuidade para idosos com a justificativa que de as aulas estão suspensas, e que idosos devem obedecer às recomendações de isolamento social. 

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