Enquanto Bolsonaro antecipa que quer ‘melar’ eleição caso perca, TSE aguarda pleito ‘tranquilo’ domingo

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Arte: Mateus Moura)

Impossível prever o clima que tomará conta das ruas e as manifestações dos principais postulantes à Presidência neste domingo, 2, quando ocorrerá a votação em 1º turno das Eleições de 2022. Mas de uma coisa se tem quase certeza: se derrotado, o presidente Jair Bolsonaro, que já vem se preparando faz tempo para buscar contestar um resultado que não lhe seja positivo, vai espernear e insuflar os seus radicais. Tudo por conta de uma provável vitória de Lula, que lidera a corrida ao Planalto na imensa maioria das pesquisas, salvo o instituto “paga” pelo seu partido, o PL, único a apresentar Bolsonaro na dianteira.

Sem sobressaltos

Em que pese o clima de terrorismo no ar, ministros do TSE acreditam que as eleições ocorrerão sem grandes sobressaltos. No entanto, há receio sobre o que pode acontecer durante a apuração dos votos e, especialmente, se existir vitória no primeiro turno. Já há interlocução com forças de segurança para evitar maiores incidentes. Fora isso, a Corte deve seguir nesta última semana como vem fazendo nos últimos dias: plantão com todos os ministros mesmo que remotamente para decidir qualquer processo que possa influenciar nos rumos do pleito.

Improviso

Não existe uma ação específica para impugnar as eleições por fraudes nas urnas eletrônicas, afirmam fontes especializada em direito eleitoral, que atuam no TSE. Caso algum candidato ou partido pretenda invalidar o pleito, seria preciso apresentar uma petição para impugnar os resultados das eleições, algo que nunca foi feito desde a redemocratização. Avaliam que uma ação como esta teria se contar com fortes evidências probatórias, que teria de ser apresentadas ao tribunal. Outra avaliação é de que a Corte jamais impugnaria o resultado das eleições que por ela é realizada.

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Fora da bolha

Duas alas em atrito na campanha de Bolsonaro se digladiam. A de Fábio Wajngarten, chefe da comunicação da campanha, de que o presidente não comparecer ao debate na TV Globo, e fazer lives no mesmo dia e hora. E a de Fábio Faria, ministro das Comunicações, que defende a ida do presidente aos debates e sabatinas, assim como “oportunidade única” a possibilidade de falar para fora da bolha. Na avaliação dessa ala política, a presença na Globo é decisiva para a campanha e pode definir o tamanho que Bolsonaro vai para o segundo turno, no fim de semana.

Tebet supera Ciro

Nos bastidores da campanha da emedebista Simone Tebet, a expectativa é que ela supere o candidato Ciro Gomes (PDT) no domingo, 2, terminando o pleito em terceiro lugar. O termômetro foi o desempenho de Tebet no debate de sábado, em que foi considerada vitoriosa. Manteve-se firme nas perguntas e respostas e fez uma boa fala de prevenção ao voto útil. Suas peças de campanha do horário eleitoral também têm sido robustas, mostrando muitas cenas de Tebet nas ruas, com a população. Seu maior problema ainda é o desconhecimento da população.

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