Via Brasília – Da Cenarium
Rodada
Se de um lado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se movimenta em conversas para voltar ao antigo partido, o PP, de outro, o ex-presidente Lula encerra mais uma rodada de encontros em Brasília visando a composição do seu palanque para 2022. Manteve conversas com a antigos aliados da oposição, como PSB e PCdoB, mas buscou também as forças do centro. Do presidente do PSD, Gilberto Kassab, ouviu que o partido terá candidato a presidente. E o jantar com alguns membros do MDB não foi dos mais prestigiados.
Rumo ao centro
Se o movimento de Lula rumo ao centro não está muito azeitado, a situação do presidente Jair Bolsonaro também não é das melhores. O presidente assistiu o PSL, também seu antigo partido, se fundir com o DEM sem querer tratar, agora, de um possível apoio à sua reeleição. No PTB e no PP, Bolsonaro ainda enfrenta resistências internas para sua filiação, não escondem alguns políticos das duas legendas.
Volta à casa
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira não morre de amores pelas causas bolsonaristas mas topa receber o presidente de volta ao PP, já que pretende turbinar sua bancada no Congresso na próxima eleição. A um ano do pleito presidencial, Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, já tem ao menos um partido para chamar de seu e segue costurando alianças. Já Bolsonaro, mesmo com a máquina pública nas mãos, não consegue esboçar sequer o seu palanque.
Lira ligado
O presidente da Câmara, Arthur Lira, telefonou de Roma para o deputado Hugo Motta (Rep-PB), para saber se a extensão do auxílio emergencial estaria na PEC dos Precatórios. A resposta foi não, para alívio de Lira. O texto agradou ao Ministério da Economia e há conversas para que os senadores não alterem muito a matéria. Já se sabe, porém, a pressão que a OAB e do Judiciário para a alteração sobre o artigo que muda o foro no ajuizamento de ações sobre precatório, hoje só permitido em Brasília.
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