Entenda ‘trend’ que utiliza IA para transformar fotos em estilo anime


Por: Ana Pastana

01 de abril de 2025
Entenda ‘trend’ que utiliza IA para transformar fotos em estilo anime
A plataforma da empresa OpenAI ganhou 1 milhão de seguidores depois do lançamento (Composição: Lucas Oliveira/CENARIUM)

MANAUS (AM) – Uma nova “febre” tem tomado conta das redes sociais nos últimos dias. A empresa OpenAI, responsável pelo ChatGPT, lançou uma nova plataforma que possibilita a criação de imagens utilizando Inteligência Artificial (IA). Após liberar a ferramenta, nessa segunda-feira, 31, a plataforma ganhou 1 milhão de usuários em uma hora e, em seguida, imagens no estilo Studio Ghibli começaram a circular na rede social Instagram.

O Studio Ghibli é um estúdio de animação japonês, fundado em 1985, em Tóquio, responsável por produzir longas de animações premiadas como: O Castelo no Céu (1986); Meu amigo Totoro (1988); A Viagem de Chihiro (2001); entre outros. Após a liberação da criação de imagens por IA, internautas passaram a reproduzir momentos pessoais e até memes que viralizaram nas redes sociais.

Com um estilo único, o Studio Ghibli é conhecido pela forma original e complexa de desenhar, com produções feitas à mão e pela qualidade realista das obras. Mas, através da plataforma, as imagens passaram a ser geradas a partir de um comando feito pelo usuário, que determina como deseja transformar a mídia. O uso da reprodução da obra, apesar de inofensivo, gerou debates sobre a apropriação da arte, direitos autorais e criatividade.

Com a nova “trend” – tendência das redes sociais –, um vídeo do fundador do Studio Ghibli, Hayao Miyazaki, de 2016, no qual ele afirma que teria ficado “totalmente enojado” ao se deparar com a demonstração de um vídeo criado com IA naquele período, voltou a circular. Miyazaki também afirma durante a reunião que “nunca desejaria incorporar essa tecnologia” e que sentia “fortemente que isso é um insulto à própria vida”.

Assista ao vídeo:
IA

A Inteligência Artificial é um mecanismo capaz de realizar ações semelhantes à inteligência humana, como produzir textos, criar imagens, simular pessoas e animações. Apesar de ter sido revolucionada em 2010, a IA existe desde a década de 1940, quando foi criada a base teórica pelo filósofo Alan Turing.

Já a OpenAI, fundada em 2015, é uma organização de pesquisa responsável pela IA que tem como principal objetivo desenvolver o avanço do mecanismo para ajudar no dia a dia e em tarefas humanas.

Recentemente, um militar que supostamente teria explodido o veículo produzido pela empresa do bilionário Elon Musk, o Tesla Cybertruck, em frente ao Hotel Trump, em Las Vegas, nos Estados Unidos, teria usado a plataforma do ChatGPT. As informações foram divulgadas pela polícia local que, ao investigar o caso, descobriu que o militar teria procurado a ferramenta de IA para obter informações sobre explosivos, velocidade de munições específicas e até fogos de artifício.

A ferramenta virou “febre” no Brasil e fãs de ídolos como Ronaldinho Gaúcho tomam liberdade para enaltecer seus atros por meio da IA (Divulgação)
Debates

O debate sobre a utilização da IA não é novidade e nem uma pauta específica referente à nova “trend”. O jornalismo brasileiro também tem se adaptado e até encontrado dificuldades para lidar com a plataforma, que tem como objetivo mecanizar ações como, por exemplo, a criação de textos.

Em um mundo sobrecarregado de informações e novidades tecnológicas, linguagens se misturam e formam novos cenários. A IA amplia as possibilidades de novidades na comunicação, mas também impõe novos desafios.

Ao mesmo tempo, a utilização de IA cresce em redações, com a automação de tarefas e a personalização de conteúdos. Os autores Nic Newman e Federica Cherubini relatam em levantamento que o “grande desafio” deve ser a integração da IA sem comprometer os valores do jornalismo, como imparcialidade, precisão e responsabilidade.

Leia também: Profissionais apontam desafios e oportunidades em tempos de IA
Revisado por Gustavo Gilona

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