Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
MANAUS – A articulação dos Povos Indígenas Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) repudiou, em nota publicada nas redes sociais, a situação em que são mantidos os indígenas warao no Nordeste do País. Os indígenas warao migraram para o Brasil depois que a crise econômica e humanitária se agravou na Venezuela, em 2014.
Segundo a Apoinme, as vivências em território nacional são marcadas por extrema violências e xenofobia, sendo submetidos condições degradantes e desumanas, que se tornam ainda mais aviltantes ante o contexto da pandemia de Covid-19.
Embora a maioria se concentre na região Norte do Brasil, nos estados de Roraima e Amazonas, os warao estão presentes atualmente em estados do Nordeste, como Maranhão, Ceará, Paraíba e Pernambuco.
Em um dos trechos da nota, a Apoinme, na qualidade de Organização Indígena, afirma que é “atuante na região, repudia o racismo e a negação aos direitos humanos fundamentais impostos a nossos parentes, sobretudo na forma de omissão dos poderes públicos federal e estaduais que deveriam ofertar soluções para um acolhimento humanizado dessas populações”, diz trecho da nota.
Além disso, reafirmou ser imprescindível que se promova um acolhimento a essas famílias, garantindo que tenham acesso a condições dignas de alimentação, água, saúde e medicamentos, e alojamento.
Por fim, finaliza a nota se colocando como um parceiro disponível a cooperar nos diálogos, planejamentos, implementação de mecanismos de acolhimento dos grupos Warao nos estados de sua área de abrangência.