Epidemiologista divulga estudo que aponta CoronaVac como mais eficaz contra mortes por Covid-19
20 de junho de 2021

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – Um estudo divulgado pelo epidemiologista e ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, aponta que a eficácia das vacinas contra Covid-19, a Coronavac (produzida pelo Instituto Butantan e desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac) é a que mais apresenta proteção em casos graves da doenças, chegando a ter eficácia de proteção de até 97% das mortes daqueles infectados.
Para realizar o levantamento, o atual secretário de Serviços Integrados de Saúde do Supremo Tribunal Federal usou como base dos estudos dados do sistema OpenDataSus, do Ministério da Saúde. Outros imunizantes também foram analisados em relação à eficácia contra casos graves da doença. A pesquisa também analisou os índices de eficácia contra casos graves de outros imunizantes: Pfizer (80%), Janssen (85%), Sputnik V (85%) e AstraZeneca (90%).
Na rede social Instagram, Wanderson Oliveira postou nesse sábado, 19, gráficos que apontavam a eficácia da vacina especialmente em idosos e disparou : “Coronavac protege e não deve ser interrompida até que o contrato seja cumprido. Será um escândalo se o Ministério da Saúde interromper a vacinação contra a Covid-19 utilizando Coronavac”, postou o secretário.

Dúvidas sobre a eficácia
Na última semana, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga colocou em dúvida a eficácia do imunizante Coronavac alegando o baixo efeito da vacina que não teria protegido o suficiente permitindo que os imunizados fossem infectados mesmo após as duas doses.
Além disso, Queiroga demonstra incômodo com a baixa proteção da vacina em idosos, baseado em um estudo intitulado de “Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19”, onde mostraria que o resultado geral para quem tem mais de 80 anos estaria em torno de 28%.
Planos
Segundo informações do próprio governo, o Ministério da Saúde visa elaborar um plano para vetar o uso da Coronavac no Brasil. Atualmente, o governo utiliza como vacina principal a AstraZeneca, da Oxford, produzido no Brasil pela Fiocruz. O Brasil também deve adquirir mais de 200 milhões de doses da Pfizer.
Até a tarde deste domingo, o Ministério da Saúde não se posicionou quanto ao levamento de Wanderson de Oliveira. A CENARIUM entrou em contato com o secretário de Serviços Integrados de Saúde do Supremo Tribunal Federal para obter mais informações sobre o estudo, porém, até a publicação desta matéria não obteve retorno.
