Com informações do Estado de Minas
O Governo do Equador determinou de forma “urgente” ações de limpeza e remediação após um vazamento de petróleo ocorrido em uma região da Amazônia pelo rompimento do Oleoducto de Crudos Pesados (OCP), que suspendeu o bombeamento de petróleo no sábado, 29.
Por meio do Ministério do Meio Ambiente, “o governo dispôs em caráter urgente e imediato a gestão das atividades de contingência, limpeza e remediação” na região da localidade de Piedra Fina, destacou a pasta em um comunicado difundido na madrugada desse sábado e sem informar a quantidade de petróleo derramado.
A pasta acrescentou que trabalhadores permanecem “monitorando ambientalmente a zona afetada”, depois do rompimento do OCP, registrada na tarde de sexta-feira nesta região localizada no limite entre as províncias amazônicas de Napo e Sucumbíos (fronteiriças com o Peru e a Colômbia).
O OCP informou nesse sábado que “o bombeamento foi suspenso como medida preventiva, e será restabelecido quando se derem as condições adequadas”. A empresa informou ter tomado medidas para evitar que a exportação e o transporte de petróleo sejam perturbados.
Segundo o governo, o desprendimento de pedras provocado por fortes chuvas afetou “quatro tubos da infraestrutura” do OCP, que transporta diariamente cerca de 450.000 barris de petróleo.
Na sexta-feira, a empresa destacou que o dano foi “registrado em uma zona na qual o tubo não está diretamente exposto aos rios” e acrescentou que seu pessoal trabalha “de forma intensa para evitar qualquer risco de que este (vazamento) alcance fontes de água”.
Ações de contenção
O Comitê de Operações de Emergência da província de Napo trabalha para garantir a distribuição de água para seus moradores.
Em imagens divulgadas pela pasta do Ambiente no Twitter, observa-se o petróleo caindo do duto aberto. Também aparecem caminhões e guindastes movendo grandes quantidades de terra na área afetada.
O OCP informou ter iniciado os trabalhos de limpeza e remediação, bem como o reparo do oleoduto, que tem 485 km de extensão e atravessa quatro províncias.
“Foram iniciadas as ações de contenção orientadas a evitar danos ambientais e para isso foram instaladas piscinas de contenção de petróleo com a finalidade de evitar que haja algum tipo de afetação de fontes hídricas”, informou a empresa em um comunicado.
O Equador explorou 494.000 barris diários de petróleo entre janeiro e novembro, a maioria a cargo da estatal Petroecuador, segundo o Banco Central.
No setor de Piedra Fina, em dezembro, o OCP e o Sistema de Oleoduto Transequatoriano (SOTE) estatal tiveram que construir ramais alternativos de seus dutos e suspender o bombeamento de petróleo devido à erosão do solo provocada por um rio.
Em maio de 2020, houve na mesma região um afundamento que destruiu trechos do Sote, do OCP e um poliduto. Na ocasião, houve um escapamento de 15.000 barris que acabaram lançados em três rios amazônicos, afetando populações ribeirinhas, algumas indígenas.
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