Guinada populista de Bolsonaro para salvar mandato preocupa economia

Matéria da Folha dá conta do risco fiscal que representa uma turbinada nas benesses que Bolsonaro quer distribuir (Reprodução/Internet)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

Desespero

A equipe econômica começa a mandar sinais de preocupação a Jair Bolsonaro ante o desespero do presidente, que pode radicalizar nas medidas populistas para recuperar sua imagem e forçar a sua reeleição. Matéria da Folha dá conta do risco fiscal que representa uma turbinada nas benesses que Bolsonaro quer distribuir.

Fontes que circulam pelo Ministério da Economia desconversam sobre um possível reajuste a servidores e abertura de linhas de crédito para comprar casas para as polícias. Mas a avaliação é de que a remodelação do Bolsa Família, a conclusão de obras pelo País e o aumento dos servidores não cabem no teto de gastos.

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Rachadinha presidencial

As gravações que envolvem Jair Bolsonaro no esquema das rachadinhas em seu antigo gabinete de deputado federal e no de seus filhos podem causar barulho na imprensa e no meio político, mas não podem ter consequências judiciais imediatas. O presidente da República não pode responder a crimes alheios ao mandato. Caso seja pedido pela PGR uma investigação contra o mandatário, pode correr durante o período em que Bolsonaro está na cadeira presidencial, mas não é possível o oferecimento de denúncia. Havendo evolução do caso, uma eventual responsabilização só pode acontecer quando Bolsonaro não mais estiver no cargo.

Mercado e indústria insatisfeitos

Falando em economia, está difícil encontrar alguém satisfeito com as fatias da reforma tributária propostas até agora pelo governo. No mercado financeiro, medida que cria um imposto de 20% sobre a distribuição de dividendos e a taxação de fundos imobiliários para compensar o aumento da isenção de IR sobre quem recebe até R$ 2.500 não agradou. Enxergam claro aumento de carga tributária para o setor. Na indústria, o sentimento é o mesmo. Um interlocutor diz que os empresários também querem rever medidas que acentuam ainda mais o processo de desindustrialização do País. Só quem não vê aumento de impostos nas propostas é o ministro Paulo Guedes.

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