‘Escândalo do Pix’: jornalistas indiciados por desvio de doações movimentaram R$ 3,4 milhões em um ano
25 de maio de 2024

Da Revista Cenarium*
SALVADOR – Dois jornalistas indiciados por suspeita de desviar doações que seriam destinadas a famílias vulneráveis na Bahia movimentaram em suas contas bancárias, entre saídas e entradas, cerca de R$ 3,4 milhões em menos de um ano.
O caso, que ficou conhecido como “escândalo do pix”, é objeto de investigação pela Polícia Civil da Bahia há pouco mais de um ano e foi concluído em dezembro com o indiciamento de 12 pessoas. Entre eles estão os jornalistas Marcelo Castro, na época repórter do Balanço Geral, da Record TV Itapoan, e Jamerson Oliveira, que era editor-chefe do programa.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público do estado, que solicitou novas diligências para coleta de provas. Em depoimento, os dois jornalistas negaram tanto participação em crimes e quanto as ações descritas no documento.

A Folha apurou com autoridades que atuam no caso que, em pouco menos de um ano, Castro movimentou R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias, enquanto Oliveira registrou R$ 2,2 milhões entre saídas e entradas no mesmo período. Os valores foram considerados incompatíveis com a renda de ambos.
No inquérito, foi pedido um bloqueio de cerca de R$ 500 mil dos investigados, valor semelhante à estimativa de recursos que teriam sido desviados no esquema. O número foi revelado em reportagem publicada nesta quinta-feira, 23, na revista Piauí e confirmado pela Folha.
Os dois jornalistas foram indiciados por suspeita dos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas variam entre 8 e 21 anos de prisão.
Dentre os demais indiciados estão um amigo de Jamerson Oliveira apontado como operador do esquema e pessoas que emprestaram suas chaves pix para que fossem usadas no programa de tevê.
Leia a íntegra da reportagem neste link.