Especial – À Sombra da 3ª onda?: Ainda corremos riscos

Novo coronavírus tem gerado variantes em pouco tempo, o que dificulta o enfrentamento da pandemia. Imagem capturada no Centro de Pesquisa Integrada (IRF) do Niaid em Fort Detrick, Maryland (Niaid/Fotos Públicas)

Camila Carvalho – Da Revista Cenarium

MANAUS – A pandemia da Covid19 já dura mais de um ano e, em duas ondas de contágio, devastou o mundo econômica e socialmente, além de aflorar as desigualdades entre nações, Estados e dentro dos países, sem contar com os impactos na saúde física e mental.

Até abril de 2021, 14.237.078 pessoas no Brasil tinham sido contaminadas com o vírus. Dentre elas, 386.416 perderam a vida para a Covid-19, 12.711.103 estão recuperadas e 1.139.559 ainda estão em acompanhamento. Até o final de abril, o País tem batido recordes diários de novos contaminados, no número de internados e mortes em decorrência da Covid-19 ou de suas sequelas. O mundo, de forma alguma, voltará a ser o mesmo. Mudamos os hábitos, adotamos novas medidas de controle e prevenção e diversos protocolos sanitários e médico-hospitalares, mas nada tem sido tão eficaz quanto a vacinação e o distanciamento social.

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Na economia, segundo o Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz, as pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, desde abril de 2020, a maioria das pessoas de 14 anos ou mais não tem uma ocupação no mercado de trabalho, ainda que informal e por apenas uma hora semanal ou mesmo em afastamento temporário. Esta realidade é inédita no Brasil.

Dados do IBGE apontam, ainda, que entre fevereiro de 2020 (mês que antecede as primeiras mortes por Covid-19 identificadas no País) e janeiro de 2021, a população de empregados com carteira assinada no setor privado, inclusive domésticos, foi reduzida em 4,2 milhões de pessoas. Já são mais de 14,3 milhões de cidadãos desempregados no País, segundo o IBGE.

Na Amazônia Legal, os nove Estados acumulam uma taxa de 15,2% de desemprego. O cenário foi ainda agravado pelo distanciamento social e as restrições de circulação.

O reflexo da crise sanitária e econômica pode ser sentido no adoecimento mental da população. De acordo com pesquisa realizada pelo Ipsos – terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo – para o Fórum Econômico Mundial com 30 países, o Brasil é o quinto país no ranking entre os que os entrevistados relataram mudança para pior na saúde mental. No total, 53% dos entrevistados relataram alterações negativas na saúde mental, incluindo, tristeza, ansiedade e depressão. O dado foi tornado público pelo jornal Valor Econômico.

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