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Especial – À Sombra da 3ª onda?: Alta ocupação de leitos clínicos e UTIs
Com 100%de leitos ocupados, o Amazonas precisou enviar pacientes de Covid-19 para outros Estados durante o pico da 2ª Onda, no início de 2021 (Fotos Públicas)
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25 de maio de 2021
Camila Carvalho – Da Revista Cenarium
MANAUS – Com taxas de ocupação de leitos clínicos acima de 50% e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ultrapassando 80%, em média, gestores dos Estados da Amazônia Legal travam uma corrida contra o tempo na tentativa de garantir atendimento hospitalar aos acometidos pela Covid-19.
Dados do Boletim Observatório Covid19, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com análise de informações do período de 4 a 17 de abril, apontam que apenas três dos nove Estados da Amazônia Legal estavam com leitos de UTIs abaixo de 80% de ocupação no período: Roraima (38%), Amapá (68%) e Amazonas (69%). Dentre eles, apenas o Amapá informou, no dia 23 de abril, que reduziu a ocupação dos leitos de UTIs para 64,39%.
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No Maranhão, a taxa de ocupação de UTIs alcançou 78%. Já no Pará, a ocupação de UTIs que era de 80% no início de abril, reduziu para 79,87%, com taxa de ocupação de leitos clínicos em 49,43%, segundo dados disponibilizados pelos governos estaduais.
Nos demais Estados da Amazônia Legal, o cenário era preocupante. De 4 a 17 de abril, a taxa de ocupação de UTIs era maior em Mato Grosso (96%), no Acre e em Rondônia (94%), além de Tocantins (93%). No dia 23 de abril, segundo dados dos Estados, os números apresentaram redução: no Mato Grosso, a taxa de ocupação de UTIs caiu para 91,30% e de leitos clínicos marcou 52%; em Rondônia, os números reduziram para 80,60% de ocupação de UTIs e 49,43% em leitos clínicos; já Tocantins, mesmo com a redução percentual de ocupação de leitos de UTIs para 90%, pelo menos quatro hospitais da rede pública operavam com UTIs com 100% da capacidade ocupada.
“O plano de contingência prevê medidas para o pior cenário”, Wilson Lima, governador do Amazonas
Colapso
No Acre, em março de 2021, a rede de atendimento hospitalar entrou em colapso. Com 100% da ocupação das unidades, o Estado passou a transferir pacientes para o Amazonas.
“A Secretaria de Saúde do Acre continua nesse processo de articulação, de acordo com a nossa taxa de ocupação de leitos, mantendo essa porta aberta com o Amazonas, além de articular com outros Estados o envio de pacientes, caso seja necessário”, informou, à época, a gerente do Complexo Regulador da Secretaria, Ana Moraes.
No Amapá, em 23 dias do mês de abril, foram registradas 200 mortes por Covid19 – um recorde para o Estado.
No Amazonas, o governo estadual montou um plano de contingência – apresentado no dia 22 de abril ao Ministério da Saúde – que prevê a ampliação de leitos clínicos e de UTIs, especialmente no interior do Estado com a instalação de estruturas hospitalares em cinco cidades-polo.
“Estamos entrando agora no período de estiagem, quando há uma diminuição das síndromes respiratórias agudas graves. De qualquer forma, o plano de contingência prevê medidas para o pior cenário”, disse o governador Wilson Lima.
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