Especialista diz que desmatamento deve causar mais secas e pode aumentar conta de luz

Levantamento do Instituto Imazon registrou um desmatamento de 890 km² no mês, um crescimento de 49% em relação a outubro de 2019 (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Com informações do UOL

SÃO PAULO – A seca histórica que fez a conta de luz aumentar é apenas uma amostra do que pode ocorrer se o desmatamento da Amazônia seguir aumentando e as emissões de gases do efeito estufa não forem controladas. A umidade produzida na floresta leva chuvas às regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. E, com o aquecimento global, a tendência é que o planeta fique mais quente e seco.

A falta de chuva tem efeitos diretos e indiretos no bolso do consumidor. Como a geração de energia no Brasil é feita na maioria por hidrelétricas, e a energia é usada para fabricar várias coisas, a alta na conta de luz afeta o preço de vários produtos que a gente consome. A produção de comida também deve sofrer, já que depende de chuva ou irrigação. Além de tudo isso, pode faltar água para beber, cozinhar e tomar banho.

Dá para dizer que o desmatamento é a causa da seca?

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José Marengo, climatologista e coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, afirma que a Amazônia é uma fonte de umidade importante para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Apesar dessa relação e do aumento do desmatamento da Amazônia, ele declara que ainda não é possível dizer, com comprovação científica, que a seca de agora esteja diretamente relacionada à destruição da floresta.

Segundo ele, a principal causa para a crise hídrica é o fenômeno La Niña, que provoca a diminuição da temperatura do Oceano Pacífico e, consequentemente, mudanças nos ventos e nos regimes de chuva.

Durante o verão choveu muito na Amazônia, o que está produzindo as enchentes agora. Mas, quando chove em algum lugar, por compensação, não chove em outro. O La Niña iniciou esse processo, isso se propagou e continua até o momento.

José Marengo, climatologista e coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Cemaden

Leia a matéria completa no UOL

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