Livro digital: Especialista aborda desenvolvimento da Amazônia com economia verde
Por: Ana Pastana
12 de novembro de 2024
A professora Doutora Michele Lins Aracaty (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)
MANAUS (AM) – A economia verde e a bioeconomia são complementos uma da outra quando o assunto é desenvolvimento da economia na Amazônia. Utilizando energia limpa e renovável, a economia verde pode ser a principal saída para o equilíbrio do desenvolvimento econômico e ambiental. O assunto é abordado no e-book “Diálogos com a Floresta: A Bioeconomia para uma Economia Verde” da especialista em desenvolvimento regional, a professora Doutora Michele Lins Aracaty, lançado nessa segunda-feira, 11.
De acordo com a Dra. Michele, a principal iniciativa de desenvolvimento começa com o desmatamento zero. “A transição para uma economia verde está acontecendo de uma forma global e existe todo um potencial de que o Brasil e, principalmente a Amazônia, possa liderar a economia verde no mundo”, afirmou.
Ela também destacou que um dos grandes desafios do Brasil é garantir o desmatamento zero. “Uma vez que temos potencialidades, principalmente, ligadas a essa rica biodiversidade. Um dos grandes desafios do Brasil e da Amazônia é justamente o que a gente chama de desmatamento zero. Na verdade, o Brasil serve como o País que vai compensar essas emissões mas para isso, a gente precisa reduzir ou até zerar o desmatamento ilegal”, disse.
Pós-doutoranda em Desenvolvimento Regional, profª Dra. Michele Lins Aracaty (Divulgação)
A Amazônia é um pilar importante para a transição verde e para a transição energética. De acordo com a Dra., a região amazônica representa um potencial importante para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
“Amazônia representa um potencial de bioeconomia para o País em torno de 10% da biodiversidade e, de acordo com pesquisas, 60% do potencial de mitigação da terra, pode ser tirado através da potencialidade da Amazônia. Então, a Amazônia é um pilar importante para a transição verde, para a transição energética. Ela (Amazônia) é um pilar importante quando a gente fala em mitigar os efeitos das mudanças climáticas, até porque aqui a gente tem a maior biodiversidade do planeta. Preservar a Amazônia, é preservar a existência humana” declarou Lins.
O livro, lançado de forma virtual nessa segunda-feira, 11, aborda como a bioeconomia e a economia verde são modelos de desenvolvimentos para o Amazonas. “A obra tem o propósito de reunir, em um único volume, os trabalhos que foram apresentados nos principais eventos científicos do país e fora do país entre os anos de 2020 e 2024. E os estudos pautam a bioeconomia e a economia verde como uma proposta de modelo desenvolvimentista para o estado do Amazonas”, disse.
Capa do livro “Diálogos com a Floresta: A Bioeconomia para uma Economia Verde” (Divulgação)
A economia verde também é uma oportunidade para o Estado diminuir as desigualdades e vulnerabilidades social e econômica. Ela destacou a região “rica em biodiversidade” para buscar o equilíbrio que, segundo a especialista, é capaz de mitigar os efeitos das desigualdades na região.
“Nós temos uma região rica em biodiversidade e temos uma população que não tem direitos básicos como saúde, educação, qualidade de vida, saneamento básico. Então é uma oportunidade que nós temos de mudar a realidade dos amazonidas até porque a Amazônia não é só a floresta e rios, nós temos pessoas. Então, parte da população que vive na Amazônia, infelizmente, vive abaixo da linha da pobreza. A economia verde é uma oportunidade que nós temos de buscar o equilíbrio e mitigar esses efeitos da vulnerabilidade sociais e econômicas sobre os amazonidas”, frisou.
O livro pode ser acessado através do site da editora Atena. O download é gratuito.
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