Especialista esclarece mitos e verdades sobre campanha nacional de vacinação contra a gripe

Entre os mais de 27 milhões de vacinados, 10.718.372 receberam a segunda dose, o que representa 5,06% da população com a vacinação completa contra o novo coronavírus (Reprodução/Internet)

Com informações do Estadão

BRASÍLIA – Mesmo a gripe sendo bastante conhecida pelos brasileiros, ainda existem vários mitos ao redor da doença e da vacina. É de grande importância que a população conheça os benefícios da imunização e saiba quais são as pessoas que correm maior risco de desenvolver quadros graves da doença, especialmente em um período de pandemia. Seguem, abaixo, seis mitos e verdades sobre gripe e vacina com a infectologista e especialista em vacinas do Exame Imagem e Laboratório/Dasa, Maria Isabel de Moraes Pinto:

1. ‘A gripe é uma doença leve e não apresenta riscos para o paciente’
Mito – Na maioria dos casos, a gripe realmente não é perigosa e os sintomas costumam desaparecer aproximadamente uma semana após a infecção. ‘Porém, ela pode causar uma pneumonia que, por fim, pode evoluir para a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e levar a óbito’, conta Maria Isabel. ‘As pessoas em maior risco são crianças de até 5 anos de idade, pessoas a partir dos 55 anos, gestantes e quem possui outras comorbidades, como diabetes e hipertensão’, continua.

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2. ‘A vacina da gripe pode provocar a doença’
Mito – Os vírus utilizados na produção da vacina da gripe são inativados, ou seja, incapazes de causar a patologia. O que pode acontecer é a pessoa ter contato com o vírus logo antes ou depois de tomar a vacina e desenvolver a doença nesse período, uma vez que a imunidade leva em torno de duas semanas para ser estabelecida no corpo. Além disso, é importante ressaltar que a vacina não impede a contração da gripe, mas reduz drasticamente as chances. Sua eficácia pode chegar a atingir de 70% a 80%, e varia de acordo com o ano

3. ‘A vacina contra a gripe pode provocar eventos adversos’
Verdade – O principal evento adverso causado pela vacina é dor e inflamação no local da injeção. Efeitos menos comuns são o desenvolvimento de febre, mal-estar e dor muscular, mas que duram pouco. Embora possam causar desconforto, esses sintomas não são perigosos e a chance de desenvolvê-los é baixa

4. ‘Gestantes não podem se vacinar contra a gripe’
Mito – Gestantes não só podem como devem tomar a vacina contra a gripe por fazer parte do grupo de risco. As chances de quadros graves são maiores nas mulheres grávidas e a vacinação protege tanto a mãe quanto o bebê, já que os anticorpos são transferidos através da placenta durante a gestação. Além disso, a imunização da mãe ainda ajuda a proteger a criança durante os seis primeiros meses de vida, período no qual ela não pode ser vacinada contra a gripe.

5 ‘Apenas pessoas no grupo de risco devem tomar a vacina’
Mito – A rede pública de saúde oferece a vacina apenas para os grupos de risco, mas todos devem se vacinar. ‘A vacina tem boa eficácia e é muito segura. Embora seja essencial para os grupos de risco, pode ser aplicada em todas as pessoas a partir de seis meses de idade no serviço privado. Isso é algo muito importante, ainda mais quando temos uma pandemia de outro vírus respiratório’, explica a infectologista Maria Isabel. Como com qualquer imunizante, quanto mais indivíduos estiverem vacinados, mais protegida está a população, uma vez que o vírus tem menos oportunidades de se espalhar.

6. ‘Não se pode tomar a vacina da gripe perto da vacina contra a Covid-19’
Verdade – Ambas as vacinas são necessárias e uma não substitui a outra, mas recomenda-se que as pessoas que serão imunizadas contra a covid-19 não tomem nenhuma outra vacina em um período de quatorze dias antes e depois de cada dose. A recomendação se dá por não haver ainda dados conclusivos sobre possíveis interações entre os imunizantes.

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