Especialistas avaliam faturamento de 3,8 bilhões em vendas online durante ‘Natal pandêmico’

Evento conhecido como "dia dos solteiros" na China tem promoções e descontos entre os dias 11 e 13 de novembro na AliExpress (Reprodução/Internet)

Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – As vendas online do período entre 10 e 24 de dezembro, conhecido neste ano como ‘natal pandêmico’, apresentaram alta de 44,6% em comparação ao mesmo período de 2019. O estudo realizado pela maior plataforma de opinião de consumidores do Brasil, Ebit/Nielsen, também destacou o faturamento de R$ 3,8 bilhões.

Para o economista Marcus Evangelista, as vendas online receberam um “impulsionamento”, que fez diferença se comparadas aos anos anteriores. “Em função da pandemia, pessoas que não tinham intimidade com o mundo digital e, em função do isolamento, passaram forçadamente a ter de usar os meios digitais. Isso veio a favorecer as vendas das lojas que estavam preparadas para isso”, destacou Marcus.

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Marcus ressalta também que em Manaus também foi possível identificar esse crescimento durante o período de Natal. “As lojas que se prepararam para esse momento puderam ser comparadas a esse indicativo que acabou de ser divulgado, onde foi possível verificar um aumento de quase 45%. Isso nada mais é que a internet fazendo toda a diferença na vida dos consumidores”, comentou Evangelista.

Natal x Black Friday

A pesquisa destaca que o avanço com as vendas por meio digital durante o período natalino superou o registrado na Black Friday, na qual obteve um crescimento de 26,4%, sendo o melhor desempenho desde 2014. O valor em média de compras online foi de R$ 462 e R$ 408 em 2019.

O economista Origenes Martins Junior, destaca que em 2020, foi confirmada a tendência mundial do comércio eletrônico, ou e-comerce como alguns preferem. “Com a pandemia, principalmente no Brasil, a necessidade de ficar em casa com as limitações de sair fez com que as pessoas superassem algumas barreiras ainda existentes, como o medo de ser enganado ou a necessidade de ver o produto”, ressaltou Junior.

Orígenes salienta que com isso a cultura do comércio eletrônico se consolidou e provocou este aumento considerável, especificamente no último trimestre de 2020. “É importante este crescimento pelo fato de ter havido uma consciência por parte dos comerciantes, sobre a necessidade de se adaptar ao modelo. Isso ajudou bastante a fluidez desta matriz.
Portanto, além de ter sido um bom resultado neste final de ano, certamente é um modelo que veio pra ficar”, completou Martins.

Ambiente virtuais

Para a executiva de inteligência da plataforma Ebit/Nielsen, Keine Monteiro, o agravamento da pandemia faz com que as pessoas utilizem ainda mais o ambiente online. “Muitos consumidores entraram em 2020, no ambiente de compras online, por conta da pandemia e do confinamento. Vemos que eles realmente se adaptaram e entraram para ficar”, afirma Monteiro em entrevista à Folha de São Paulo.

Já a estudante de direito, Fernanda Amaral, afirma que as compras online fazem com que as pessoas não percam tanto tempo, além de ser uma forma mais eficaz de não aglomerar. “Eu fiz todas as minhas compras de Natal de forma online, consegui encontrar tudo que eu precisava de uma forma simples e rápida, além de agradar todos os gostos”, finalizou.

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