Especialistas reforçam pedido para uso de máscaras em meio à Ômicron, variante mais transmissível

Lavar as mãos, manter o distanciamento e evitar lugares aglomerados também foram lembrados por especialistas (Reprodução/WikimediaCommons)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Em meio ao aumento de casos da Ômicron, pelo mundo, considerada a variante da Covid-19 mais transmissível e que tem sido predominante em países como Estados Unidos, África do Sul e, agora, no Brasil, especialistas têm reforçado o pedido para o uso obrigatório de máscaras faciais e do respeito a todas as medidas sanitárias para evitar o contágio e a disseminação do coronavírus.

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Desde o início da pandemia, em 2020, as máscaras de proteção têm sido essenciais no combate à Covid-19 e tornadas, em todo o mundo, item obrigatório para que a população transite em lugares públicos e estabelecimentos privados. Além dela, as autoridades de saúde consideram que lavar frequentemente as mãos, usar álcool em gel e evitar lugares aglomerados são fundamentais na proteção contra o vírus.

O diretor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Daniel Barros, destaca que a população precisa seguir a rigor todos os protocolos de proteção, principalmente, com a chegada da Ômicron, no Estado, e a coinfecção pelo coronavírus e Influenza, chamada “flurona”.

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“A Fundação de Vigilância em Saúde vem alertar a importância de reforçarmos o uso das medidas de proteção, como o uso de máscaras, higienização das mãos e evitar locais aglomerados. Neste momento, estamos atravessando um período chuvoso, de transmissão de vírus respiratório, como o da Covid-19, Influenza, entre outros, que causam síndromes gripais, mas também podem levar ao agravamento, necessitando de hospitalização e, talvez, ao óbito”, declarou à REVISTA CENARIUM.

Barros lembra que, nas últimas semanas, a FVS-RCP observou o aumento do número de casos da Covid-19, em Manaus. Somente neste sábado, 8, a capital amazonense registrou 267 infecções pelo coronavírus, de acordo com dados do boletim diário da FVS-RCP, enquanto que o interior apresentou 156. No Estado, foram 426 casos.

“Nas últimas semanas, observamos o aumento do número de casos de Covid-19, aqui na capital, e também identificamos a circulação da variante Ômicron, sabidamente de elevada transmissibilidade. Portanto, é muito importante que a população se proteja, neste momento, e proteja seus familiares”, destacou.

Infectologista alerta

Para o médico infectologista Nelson Barbosa, o avanço do número de infecções, pela Ômicron, no Brasil, na última semana de dezembro de 2021, e na primeira semana deste ano, serve de alerta para que as medidas de proteção sejam mantidas. Ele destaca que a vacinação contra a Covid-19 tem sido essencial para evitar uma tragédia maior pelo vírus.

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“Nós estamos vendo que os casos de Ômicron nas pessoas que tomaram as duas ou a terceira dose da vacina têm sido leves a moderados. É claro que não temos, ainda, o resultado em crianças e nas pessoas com comorbidades. O que temos notícia é que uma pessoa morreu, e essa pessoa tinha hipertensão e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Então, mais uma razão para nós ficarmos em alerta e não aglomerar, não deixar de usar o álcool em gel e não relaxar no uso da máscara”, concluiu o infectologista.

Alta transmissibilidade

A variante Ômicron da Covid-19 tem provocado uma avalanche de casos da doença por todo o mundo. Nos Estados Unidos, onde a cepa do vírus é predominante, o número de crianças internadas em hospitais com coronavírus tem alertado autoridades sanitárias. De acordo com dados divulgados na sexta-feira, 7, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a quantidade de infectados aumentou vertiginosamente, na semana passada, atingindo os níveis mais altos desde o início da pandemia.

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No país americano, apenas crianças de 0 a 4 anos ainda não podem ser vacinadas. É justamente nessa faixa etária que o aumento de casos de Covid-19 foi observado; e os dados incluem aquelas admitidas em hospitais por motivos diferentes do coronavírus e depois testadas positivo. 

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No Brasil, onde crianças de 0 a 11 anos ainda não foram vacinadas pelo coronavírus, estima-se que, em duas semanas, o País pode chegar a 1 milhão de pessoas infectadas, por dia, com Covid-19. A projeção, feita pela Universidade de Washington (EUA), considera que os casos são muito superiores aos dados oficiais e devem mais do que dobrar em 15 dias.

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