Estaleiro é multado em R$ 200 mil por fazer reparos em dragas de garimpo no AM
08 de outubro de 2023
Agente do Ipaam em ação que embargou e multou estaleiro (Divulgação/Ipaam)
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – Um estaleiro que realizava reparos e manutenção em dragas usadas no garimpo recebeu multa de R$ 200 mil e foi embargado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O local não possuía autorização para executar a atividade e foi penalizado por descumprir licença ambiental.
Além de interditar o estaleiro, o Ipaam também informou que vai cancelar a Licença de Operação (LO) da instalação. “O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) embargou, na última quinta-feira, 5, um estaleiro que não tinha autorização para desempenhar a atividade de reparos e manutenção em dragas de garimpo”, disse o órgão no sábado, 7.
Estaleiro realizava atividades de reparos não autorizadas em dragas de garimpo (Divulgação/Ipaam)
O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, ressalta a necessidade de punição aos infratores que cometem ilícitos ambientais. “O empreendedor que colabora com quem pratica crimes ambientais, ainda que de forma pequena, contribui para a degradação do meio ambiente e deve ser enquadrado de acordo com as leis ambientais”, afirmou.
Denúncias
Os agentes de fiscalização do Ipaam identificaram as atividades ilegais do estaleiro após receberem denúncias de dragas aportadas próximo à ponte Jornalista Phelippe Daou, mais conhecida como ponte Rio Negro. As embarcações estavam no sentindo Iranduba-Manaus.
De acordo com o órgão, as balsas chegaram à capital do Amazonas vindas de um afluente do Rio Japurá e já estavam sob fiscalização de outro órgão competente quando os analistas ambientais chegaram ao local. No momento da ação, garimpeiros se preparavam para retomar a atuação em garimpos.
Os trabalhadores do garimpo informaram aos fiscais do Ipaam que, após os reparos, as dragas tinham destino o Estado de Rondônia.
Operação
A Polícia Federal (PF) também esteve no local e destruiu as embarcações que atuavam na exploração ilegal. A operação coordenada pelo órgão contou com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Marinha do Brasil. Realizada também na última quinta-feira, 5, a operação destruiu nove dragas.
Dragas destruídas em operação contra o garimpo ilegal (Divulgação/PF)
Também foram encontradas pepitas de ouro e joias, que foram apreendidas e encaminhadas à perícia. A ação integrou a operação Draga Zero, que teve início no fim de agosto e durou 12 dias. Ao todo, as atividades operacionais destruíram 302 balsas espalhadas nos trechos do Rio Madeira.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.