Estudo aponta que extrato de Cannabis pode aliviar dores crônicas na lombar


30 de setembro de 2025
Estudo aponta que extrato de Cannabis pode aliviar dores crônicas na lombar
Cannabis medicinal (CBD-Infos-com/ Pixabay)

MANAUS (AM) – Um extrato específico de Cannabis pode aliviar dores lombares crônicas sem criar dependência, segundo um ensaio clínico publicado nessa segunda-feira, 29, que, de acordo com alguns especialistas, demonstra pela primeira vez que essa substância, especialmente desenvolvida para esses testes, seria capaz de tratar a dor.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as dores lombares, que afetam mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo, são a principal causa de invalidez.

Os medicamentos usados para tratar esse tipo de dor se limitam a analgésicos comuns, como o ibuprofeno, que pode provocar efeitos colaterais graves em caso de uso prolongado, ou aos opioides, que criam forte dependência e podem ser perigosos.

O setor em plena expansão da produção de Cannabis afirma que uma gama de produtos à base de maconha ou de canabidiol (CBD) pode ajudar a aliviar as dores, mas, segundo os pesquisadores, não havia até agora estudos confiáveis que sustentassem essa hipótese.

Nesta segunda-feira, os resultados de um ensaio clínico de fase 3 controlado por placebo foram publicados na revista Nature Medicine.

O estudo envolveu mais de 800 pessoas cujas dores lombares crônicas não eram aliviadas pelos medicamentos.

Os participantes foram convidados a avaliar seu nível de dor em uma escala de 1 a 10, após terem tomado o extrato de Cannabis chamado VER-01, ou um placebo, durante um período de três meses a um ano.

Após 12 semanas, os que tomaram o extrato —uma dose de VER-01 com 2,5 miligramas de THC, o principal ingrediente ativo da maconha— relataram uma redução da dor de 1,9 ponto, em comparação a 0,6 ponto no grupo placebo.

Após seis meses, os participantes que consumiram o extrato afirmaram que sua dor diminuiu em mais 2,9 pontos. Eles também registraram melhora no sono, nas aptidões físicas e na qualidade de vida.

Segundo o estudo, o extrato tomado nessa dose não teria provocado dependência, nem efeitos colaterais graves.

Matthias Karst, autor principal do estudo e professor de medicina da dor na Faculdade de Medicina de Hanôver, na Alemanha, destalhou à AFP que “nenhum efeito euforizante” foi observado durante o ensaio.

(*) Com informações da Folha de S. Paulo

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