Estudo da Oxford diz que bebês amamentados até 1 ano de idade têm QI mais alto na adolescência


27 de maio de 2022
Pesquisa de Oxford descobriu que bebês que foram amamentados por mais tempo tiveram maior pontuação em testes de raciocínio realizados aos 14 anos
(Foto Thinkstock/Getty Images)
Pesquisa de Oxford descobriu que bebês que foram amamentados por mais tempo tiveram maior pontuação em testes de raciocínio realizados aos 14 anos (Foto Thinkstock/Getty Images)

Com informações do InfoGlobo

SÃO PAULO – A duração do período de amamentação está associada a um QI mais alto na adolescência. A conclusão é de um estudo feito pela Universidade de Oxford, publicado na revista PLoS ONE. De acordo com os pesquisadores, o estudo mostra a importância de amamentar os bebês por mais tempo.

A duração do período de amamentação está associada a um QI mais alto na adolescência. A conclusão é de um estudo feito pela Universidade de Oxford, publicado na revista PLoS ONE. De acordo com os pesquisadores, o estudo mostra a importância de amamentar a criança por mais tempo.

Veja também: Anticorpos contra Covid-19 podem ser transferidos aos bebês pelo leite materno

A duração do período de amamentação está associada a um QI mais alto na adolescência. A conclusão é de um estudo feito pela Universidade de Oxford, publicado na revista PLoS ONE. De acordo com os pesquisadores, o estudo mostra a importância de amamentar a criança por mais tempo.

Mesmo aquelas crianças que foram alimentadas exclusivamente com o leite materno por menos tempo se saíram melhor em testes de cognição do que as que nunca foram amamentadas. Bebês amamentados por um período de quatro a seis meses se saíram melhor em testes de memória, raciocínio e consciência espacial realizados aos 7 e aos 11 anos de idade.

Essas crianças também se saíram um pouco melhor em um teste espacial que exigia que elas encaixassem quadrados coloridos em uma forma, realizado aos cinco anos. E bem melhor quando o teste foi realizado sete anos. Elas também cometeram menos erros, aos 11 anos, quando solicitados a verificar as caixas dentro de uma tela de computador em busca de tokens e lembrar quais já haviam verificado depois de serem encobertos. Esses testes, feitos apenas até os 11 anos de idade, mediram a consciência espacial e as habilidades de resolução de problemas.

No entanto, a duração do aleitamento materno não foi vinculada a um melhor vocabulário aos cinco anos de idade.

Apesar dos resultados, a pesquisadora Reneé Pereyra-Elías, que liderou o estudo, ressalta que as mães que não amamentaram ou não conseguiram amamentar não devem se preocupar, pois os ganhos potenciais de QI entre crianças amamentadas por vários meses em comparação com crianças nunca amamentadas seriam equivalentes a dois a três pontos. No entanto, ela ressalta que as mulheres que desejam amamentar devem ser encorajadas a fazê-lo.

O leite materno contém ácidos graxos poli-insaturados e nutrientes, como o ferro, que ajudam o cérebro das crianças a se desenvolver. Especialistas dizem que isso também faz com que as crianças tenham menos infecções e doenças, o que pode ajudar sua inteligência porque têm menos faltas na escola. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha as mães a amamentar exclusivamente seus bebês por pelo menos seis meses.

Bebês protegidos contra a asma

Outro estudo, publicado na revista Annals of Allergy, Asthma and Immunology, mostrou que um período mais longo de amamentação exclusiva foi associado à diminuição no risco de asma. Bebês que foram amamentados por 2 a 4 meses tiveram apenas 64% de probabilidade de ter tantos desfechos de asma quanto aqueles que foram amamentados por menos de 2 meses; já aqueles amamentados por 5 a 6 meses tiveram 61% de probabilidade, e aqueles amamentados por mais de 6 meses tiveram uma probabilidade de 52%.

“Os resultados do estudo indicaram que quanto mais tempo a mãe amamenta exclusivamente, menores são as chances relativas de seu filho ter asma ou desfechos relacionados à asma”, disse a médica Keadrea Wilson, principal autora do estudo e professora assistente de neonatologia na Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Tennessee, nos EUA.

Um ponto interessante é que quando os bebês não foram exclusivamente amamentados, ou seja, o aleitamento materno foi misturado com fórmula, suco e outros alimentos, não houve o mesmo nível de proteção.

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