Estudo mapeia autistas no País para melhorar acesso a serviços e terapias


Por: Cenarium*

31 de março de 2025
Estudo mapeia autistas no País para melhorar acesso a serviços e terapias
Autistas e cuidadores podem preencher formulário até 30 de abril (Divulgação)

MANAUS – Está aberto desde sábado, 29, o formulário para o Mapa Autismo Brasil, uma pesquisa sociodemográfica nacional que quer saber quem são os autistas no Brasil: sexo, idade, renda, primeiros sinais do transtorno, se usam a rede pública ou privada de saúde, qual carga de terapia fazem, se usam comunicação aumentativa e alternativa (CAA), quem são seus cuidadores (caso existam), como acessam a escola, níveis de suporte e de independência, entre outras perguntas.

Um piloto desse projeto foi rodado, em 2023, somente no Distrito Federal. Identificou, por exemplo, lacunas no acesso ao diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) no SUS, atraso no diagnóstico de meninas e acesso a uma carga horária muito baixa de terapias, seja usando a rede pública ou privada de saúde.

Ou seja, o estudo revelou obstáculos graves à oferta do suporte necessário a autistas no país.

O formulário nacional do mapa estará aberto para ouvir autistas maiores de 18 anos e cuidadores de autistas até 30 de abril. A previsão é que resultados parciais sejam divulgados ainda este ano.

Se as políticas públicas forem pensadas com base na necessidade real da população de autistas, vai ser mais fácil tocar estratégias assertivas, o que significa mais inclusão, acesso à educação, a serviços de saúde. Se eu entendo que 50% das crianças de 4 a 8 anos estão no nível 3 de suporte [do TEA] e em determinado ano escolar, e sei onde elas estão, eu consigo planejar a quantidade de professores e salas adaptadas”, diz Ana Carolina Steinkopf, diretora do Mapa Autismo Brasil.

O questionário pergunta quais são os cinco primeiros números do CEP da pessoa, de modo a permitir análises específicas sobre a situação dos autistas em diferentes localidades.

“Estamos olhando para mesorregiões dentro dos Estados e vamos conseguir ter um estudo mais direcionado: para a região do Vale do Aço em Minas Gerais ou a Baixada Fluminense, por exemplo”, explica.

(*) Com informações da Folhapress

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