Estudo que indica 3ª onda da Covid-19 no Amazonas é tema de debate na Aleam

O deputado Álvaro Campelo do PP foi um dos que debateu sobre a fala do pesquisador que propõe lockdown e vacinação em massa para que se evite novas mutações resistentes aos imunizantes (Reprodução/Divulgação)

Com informações da assessoria

MANAUS – Em espaço na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) cedido pelo deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas), na tarde desta terça-feira, 9, o pesquisador, Lucas Ferrante, mestre em ecologia e doutorando do Programa de Biologia do Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas (Inpa), repercutiu dados alarmantes sobre a iminente terceira onda da Covid-19 no Amazonas, com novas variantes que demonstram maior letalidade e transmissibilidade duas vezes maior que a anterior.

Segundo o pesquisador, essas informações são baseadas em uma ferramenta básica epidemiológica para prever a situação da pandemia e tentar antecipar uma tomada de decisão, que são os modelos Seir (Susceptible – Exposed – Infected – Removed). Ferrante afirma que é preciso que se adote um lockdown ainda mais severo, bem como uma campanha massiva de vacinação para que se evite novas mutações resistentes às vacinas disponíveis no mercado e, consequentemente, um colapso ainda maior na saúde do Amazonas.

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“Precisamos deixar bem claro que essa variante que surgiu aqui no Amazonas tem uma taxa de transmissibilidade duas vezes maior do que a que causou a segunda onda. Então, é muito mais importante não só frearmos a ocorrência da terceira onda e impedir isso, mas frearmos, de fato, a circulação do vírus na população, para impedir que novas mutações surjam e que nós tenhamos uma variante resistente às vacinas de mercado. Por isso, é extremamente necessário imediatamente um lockdown severo para Manaus, acompanhado de uma campanha massiva de vacinação de toda população do estado”, concluiu o pesquisador.

Auxílio emergencial

Para o deputado Álvaro Campelo, que alertou de forma solitária, no mês de setembro do ano passado, a respeito da segunda onda no Amazonas, é possível evitar essa tragédia anunciada, a partir de medidas conjuntas entre governos. “O Dr. Lucas não vem a esta Casa como um cavaleiro do apocalipse. Tudo o que ele falou é possível de ser evitado, desde que Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal tomem as medidas necessárias para que isso não aconteça novamente. E uma das saídas, sem dúvida alguma, é que todos aqueles autônomos, comerciantes de pequeno e médio porte tenham a mão estendida do Estado para os auxiliarem, porque tem muitos que, neste momento, estão passando necessidades, sem ter o que comer em casa”, afirmou.

O parlamentar defendeu, ainda, uma campanha de vacinação em massa e mais rápida para alcançar pelo menos 70% da população, assim como uma reunião com a participação de todas as autoridades envolvidas nessa questão com o objetivo de elaborar planejamento efetivo sobre essa ameaça.

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