‘Eu me recuso a achar que a esquerda tenha o direito de dizer que só mulher desta ideologia é feminista’, afirma senadora Simone Tebet

A senadora e pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS) (Reprodução/Redes Sociais)
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – “Fui a prefeita que mais fez creches e escolas em Três Lagoas, que entregou casas a mulheres. A primeira a governar minha cidade, comandar a Comissão de Combate à Violência contra Mulher, no Congresso, candidata à Presidência do Senado, e presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Isso que é ser feminista para mim, não é uma ou duas pautas. Eu me recuso a achar que a esquerda tenha o direito de dizer que só mulher de esquerda é feminista“, declarou a senadora e pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS).

A fala da senadora é uma resposta a um questionamento feito durante uma entrevista concedida à Revista Veja (edição de junho deste ano). Tebet destacou pontos considerados, por ela, importantes durante sua trajetória política, principalmente, na cidade natal (Três Lagoas – Mato Grosso do Sul), e ao ser indagada sobre o porquê de nunca ter falado sobre assuntos que abordassem o feminismo, além de ter sido mais ligada à política de direita, com pautas conservadoras, Simone afirma que nunca “precisou falar sobre a temática por ter sido do Executivo e não do Parlamento”.

A pré-candidata, que vem para representar a terceira via nas eleições presidenciais de 2022, nega que seja “candidata de fachada” e diz contar com apoio do maior partido de centro, o MDB, além do eleitorado que compreende os Estados do Rio Grande de Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso.

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Agora, quero me apresentar à sociedade“, diz Simone Tebet (Reprodução/Internet)

Não existe candidatura de fachada quando você é candidata do maior partido do centro. (…) Eu só preciso de legenda, do tempo de rádio e TV e dos verdadeiros amigos. Quando se fala que o MDB tendia mais para Bolsonaro do que para Lula, é verdade, por isso me procuraram. Entendem que o partido não pode ser atrelado a alguém que tem ideias que flertam com o autoritarismo. Mas, as mesmas pessoas que dizem que iriam para Bolsonaro, se eu for candidata, estarão comigo“, afirma Tebet.

Apoio

A participação da senadora, na disputa do pleito deste ano, recebe o apoio de empresários, principalmente, do Estado de São Paulo. Empresas como Metalfrio, Votorantim, Klabin, Suzano e JBS são algumas destacadas por Tebet. “Eu já tinha relação com o empresariado paulista porque busquei indústrias de São Paulo para abrirem filiais em Três Lagoas. (…) O fato de terem me escolhido só aumenta minha responsabilidade e reafirma que estamos no caminho certo”, revela a pré-candidata à Revista Veja.

Rompendo polarizações

Comparada às eleições de 2018, quando a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva se candidatou à Presidência pela Rede Sustentabilidade e teve apenas 1% dos votos, Simone Tebet, no pleito deste ano, não demonstra medo da derrota e nem pretende expor, neste primeiro momento, seu programa de governo.

Com 2% das intenções dos votos, segundo dados da última pesquisa do Real Time Big Data, a pré-candidata destaca o desejo de fazer uma campanha diferenciada, com o objetivo de se apresentar para o eleitorado brasileiro.

Como eu tenho dito, minha campanha é política, é para ter uma mulher falando qual Brasil, nós, mulheres, queremos (…) Agora, quero me apresentar à sociedade. Não entro na polarização, porque me recuso a achar que Lula e Bolsonaro são maiores que o Brasil. Temos de falar menos deles e mais do Brasil”, finaliza Simone Tebet.

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