Com informações do O Globo
SÃO PAULO – O plano do presidente Joe Biden era que este domingo, 4 de julho, fosse motivo de comemoração dupla: junto com o aniversário de 245 anos da Independência dos Estados Unidos, ele queria celebrar também a vacinação de pelo menos 70% dos americanos adultos com ao menos uma dose. Com 67% já inoculados, o País baterá na trave da meta presidencial.
Os principais motivos para a frustração não são exclusividade americana: passam pela polarização política, a desinformação e a má comunicação. Com a chegada das novas variantes, o dia da independência da Covid-19 deve tardar um pouco mais, segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO.
No fim de abril, nas semanas após a vacinação ser aberta para todos com mais de 18 anos, o país chegou a aplicar uma média de 3,38 milhões de doses por dia. Desde então, o ritmo diminuiu para uma média de 1,09 milhão de aplicações diárias. Há doses em abundância, mas nem iniciativas pontuais como donuts, cervejas gratuitas e até dinheiro vivo tem sido suficientes para aumentar os braços interessados em tomá-las.
A disparidade da vacinação entre os estados retrata como a explicação para este fenômeno passa pela política. Até sábado, apenas 20 dos 50 estados haviam ultrapassado o objetivo traçado por Biden — em todos, o democrata foi o mais votado na eleição de 2020.
Enquanto Vermont já inoculou 85,4% de seus adultos e Massachusetts, 82,4%, o Sul e o Meio-Oeste americano ficam para trás. Na retaguarda estão Mississippi e Louisiana, os únicos estados que ainda não conseguiram vacinar sequer 50% dos seus adultos. Não é coincidência que os lanterninhas sejam redutos republicanos.
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