Evento premia soluções de enfrentamento à Covid-19 na Amazônia

O objetivo do programa também é aliar conservação e produção sustentável (Reprodução/ Internet)

Carolina Givoni – Da Revista Cenarium*

MANAUS – Universidades e organizações da sociedade civil apresentam soluções para desafios ocasionados pela pandemia da Covid-19 na região amazônica, nesta quinta-feira, 6, por meio do Prêmio Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN) 2020.

O Prêmio SDSN Amazônia foi lançado em maio deste ano, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a Agência de Cooperação Alemã (GIZ) e o Instituto Amigos da Amazônia (iAMA).

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Em sua terceira edição, a iniciativa teve como objetivo identificar boas práticas e soluções sustentáveis para o enfrentamento do novo coronavírus em comunidades indígenas, tradicionais e urbanas de baixa renda na Amazônia.

“A proposta é dar visibilidade e incentivar soluções que estão garantindo apoio a essas populações, particularmente vulneráveis devido ao seu isolamento e acesso limitado à cuidados médicos”, destaca a secretária executiva da SDSN Amazônia, Carolina Ramírez Méndez.

Categorias

A premiação considerou projetos nas categorias: acesso à serviço de saúde, educação, alimentos, água potável e saneamento, trabalho decente e crescimento econômico, consumo e produção sustentável, além de ações para o período pós-Covid.

Ao todo, foram submetidas 11 propostas, oriundas de instituições do Brasil, Equador e Peru.

No evento virtual, serão apresentadas as cinco soluções que receberam o maior destaque pelo Comitê Técnico-Científico da SDSN Amazônia, presidido pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Adalberto Luis Val.

Os três primeiros colocados receberão prêmios em dinheiro: o primeiro lugar receberá 2 mil dólares, o segundo lugar ganhará mil dólares e o terceiro colocado 500 dólares.

As inscrições para assistir à premiação devem ser feitas através deste link

Soluções finalistas

Entre os cinco finalistas, está o projeto “Rota da Saúde Indígena Amazônica”, da organização Hivos, que busca solucionar problemas de acesso à serviços saúde na região amazônica equatoriana, através da construção participativa de redes e microrredes de serviços de saúde.

A Universidade Regional Amazônica Ikiam, do Equador, tem duas soluções concorrendo à premiação, sendo a primeira, a “Criação do curso de Biocomércio: um curso inovador focado no fortalecimento de bioempresas na Amazônia”.

Já a segunda é a “Padronização de técnicas moleculares para a detecção dos genes E e RdRP de Sars-CoV2 em amostras clínicas com suspeita de doença de coronavírus 2019 (COVID-19)”.

Do Brasil, participa o Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (NAPRA) com a solução “Apoio emergencial no enfrentamento da COVID-19 às comunidades ribeirinhas em situação de vulnerabilidade, localizadas no Baixo Rio Madeira – RO”, que aborda três principais eixos temáticos: assistência emergencial, educação e saúde.

Completando a lista de finalistas, está a solução “Salve a floresta”, da organização peruana We Can Be Heroes. O projeto propõe o desenvolvimento da capacidade das comunidades indígenas do Rio Napo para o uso sustentável de aguaje na floresta de conservação localizada na província de Maynas, região de Loreto, no Peru.

Sobre a SDSN Amazônia

A SDSN Amazônia é uma rede que visa integrar os países da Bacia Amazônica, mobilizando universidades, organizações não governamentais.

Bem como centros de pesquisa, instituições governamentais e privadas, organizações multilaterais e sociedade civil, para promover a resolução prática de problemas para o desenvolvimento sustentável da região.

A iniciativa faz parte da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU (SDSN Global) e tem a secretaria executiva realizada pela FAS.

(*) Com informações da FAS

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