Ex-secretário de Comunicação diz que carta com oferta de vacinas ao governo ficou dois meses sem resposta

Até esse momento, o documento ficou sem resposta, de acordo com o ex-secretário de Comunicação (Reprodução/O Globo)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten afirmou em depoimento à CPI da Pandemia que uma carta enviada pela farmacêutica Pfizer permaneceu dois meses sem resposta do governo federal no ano passado. O texto teria sido enviado em 12 de setembro, mas ele só teve conhecimento em 9 de novembro. Até esse momento, o documento ficou sem resposta, de acordo com o ex-secretário de Comunicação.

No depoimento, Wajngarten contou que a carta foi endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O ex-secretário afirmou que soube da carta por meio de um dono de um veículo de comunicação. Em sua fala inicial, o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, disse, sem dar detalhes, que levou “o assunto Pfizer” ao presidente Jair Bolsonaro no ano passado em busca de uma solução rápida para tentar atender ao anseio da população por vacinas contra o novo coronavírus. Wajngarten também disse que perdeu pessoas próximas para a Covid-19 e se emocionou ao citar o senador Major Olímpio, que faleceu em março deste ano por complicações da doença.

PUBLICIDADE

Em novembro, após tomar conhecimento, Wajngarten respondeu a carta e disse ter recebido no mesmo dia um telefonema do então presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo. Cerca de uma semana depois, em 17 de novembro, ele afirmou ter recebido Murillo em seu gabinete, no Palácio do Planalto, para uma reunião.

Wajngarten afirmou que nunca participou das propostas e negociações para compra dos imunizantes. No entanto, ele também disse que a proposta inicial da empresa abordava inicialmente “irrisórias” 500 mil doses de vacinas.

Presidente Jair Bolsonaro

Questionado se houve interferência do presidente Jair Bolsonaro em campanhas sobre a Covid-19, Wajngarten negou.

“Se tivesse ocorrido qualquer interferência, pegaria minha mala e voltaria para minha família e minha empresa”, respondeu.

Quando o relator fez uma pergunta sobre Bolsonaro, Wajngarten respondeu:

“Acho que o senhor tem que perguntar a ele. Isso gerou reação do presidente da CPI, Omar Aziz, que considerou a fala um desrespeito”. Wajngarten pediu desculpas.

O ex-ministro foi perguntado ainda se recebeu orientação para não fazer campanha sobre medidas “não farmacológicas”, como distanciamento social, ele disse que não.

Em resposta aos questionamentos do senador Renan Calheiros (MDB-AL), Wajngarten disse que “sempre teve toda a liberdade para comandar a Secretaria de Comunicação, sem interferência de ninguém”. Ele também afirmou que trabalhou de forma técnica enquanto esteve na secretaria. Wajngarten também disse que manteve 11 campanhas informativas e publicitárias sobre o novo coronavírus — quatro da Secom e sete do Ministério da Saúde — desde o início da pandemia.

Confira a matéria completa no site: https://oglobo.globo.com/brasil/ao-vivo-wajngarten-diz-que-carta-da-pfizer-com-oferta-de-vacinas-ao-governo-ficou-dois-meses-sem-resposta-acompanhe-25013852

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.