Ex-senador Ivo Cassol acumulou mais de R$ 100 milhões em 12 anos; veja quanto declarou cada candidato ao Governo de RO
16 de agosto de 2022

Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – O ex-senador Ivo Cassol (PP), que concorre à vaga de governador de Rondônia, acumulou, em 12 anos, mais de R$ 100 milhões em seu patrimônio, chegando a uma fortuna superior a R$ 134 milhões. Ele quase quintuplicou o que tinha declarado em bens, em 2010, quando foi eleito representante do povo, em Brasília – cargo que ocupou até 2019. Assim, é o mais rico candidato ao posto de comandante do Executivo rondoniense, neste ano, de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nascimento Antônio da Silva, o “Pimenta de Rondônia”, candidato pelo PSOL, é o menos afortunado: declarou o total de R$ 120 mil; curiosamente a mesma quantia que vem informando à Justiça desde 2014, quando tentou, pela primeira vez, ascender ao governo.
Patrimônios declarados

Ivo Cassol (PP)
Lançado pelo Partido Progressistas (PP), Ivo Narciso Cassol informou à Justiça que seu patrimônio milionário corresponde a uma lista de 27 bens, entre imóveis, veículos e terras. Só a casa dele está avaliada em R$ 2,5 milhões. Uma riqueza que, além da carreira política, vem do agro, visto que o candidato também é pecuarista.

A diferença é exorbitante: quando foi eleito senador, em 2010, Ivo havia declarado patrimônio total de R$ 29 milhões.
Daniel Pereira (Solidariedade)
O segundo candidato mais rico tem R$ 6,6 milhões em bens: três imóveis são responsáveis por quase todo o montante, cada um avaliado em R$ 2 milhões.
Em 2014, quando foi eleito vice-governador de Rondônia (antes de assumir o cargo de titular), ele tinha R$ 1,1 milhão em seu patrimônio.

Comendador Valclei Queiroz (Agir)
O candidato do Agir e empresário do garimpo, Valclei Queiroz, que ostenta o título de “comendador”, também tem uma grande riqueza. Antes de garantir renda por meio de um negócio próprio, trabalhou muitos anos como garimpeiro. Daí, o patrimônio avaliado em mais de R$ 3 milhões.
Esta é a quinta disputa eleitoral dele, que já concorreu aos cargos de governador, vereador e deputado estadual, mas nunca se elegeu. Na última tentativa, em 2018, ele tinha R$ 340 mil em bens.

Marcos Rogério (PL)
O candidato do PL, Marcos Rogério, declarou à Justiça ter um terreno avaliado em R$ 1,4 milhão, além de um apartamento de mais de R$ 500 mil, entre outros bens, acumulando R$ 2,3 milhões. Em 2018, quando se elegeu senador por Rondônia, ele tinha pouco mais de R$ 1 milhão.

Léo Moraes (Podemos)
O ex-deputado federal Léo Moraes é outro candidato que teve grande salto patrimonial desde a última disputa nas urnas. Em 2018, ele tinha R$ 964 mil. Hoje, são R$ 1,9 milhão, quase o dobro.

Marcos Rocha (União)
Já o militar Coronel Marcos Rocha, atual governante de Rondônia, saltou de R$ 281 mil, quando eleito, para R$ 1,1 milhão, nos dias atuais. Todo o patrimônio declarado está dividido em quatro terrenos, que variam de R$ 80 mil a quase R$ 500 mil.

“Pimenta de Rondônia” (PSOL)
Por fim, a menor declaração em bens foi informada ao TSE pelo candidato “Pimenta de Rondônia”, que é comerciante há quase 30 anos, em Porto Velho: R$ 120 mil. O valor ficou restrito à categoria de “outros bens e direitos”.
Apesar de estar disputando pela sétima vez a um cargo político, o patrimônio dele, curiosamente, não sofreu alterações de 2014 para cá, quando ele passou a informar esse mesmo montante. O candidato só não declarou suas posses nos anos de 2010 e 2012.
