Ex-servidores bolsonaristas, Mario Frias e Sérgio Camargo, atacam Taís Araujo nas redes sociais

Sérgio Camargo chama atriz e Lázaro Ramos de 'mimizentos', na semana de estreia do longa-metragem sobre racismo (Reprodução)

Com informações da Folhapress

SÃO PAULO – Mario Frias e Sérgio Camargo puxaram uma cruzada bolsonarista nas redes sociais contra a atriz Taís Araujo e seu esposo, Lázaro Ramos, por ocasião do lançamento do longa-metragem “Medida Provisória”, com estreia prevista para quinta-feira, 14. A atriz é a protagonista do filme, que marca a estreia de Ramos como diretor de ficção.

O ex-secretário especial da Cultura afirmou que a atriz vive numa realidade paralela, e o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares chamou Araujo e Ramos de “artistas ‘mimizentos’, que nada fazem pelo País”. Camargo também insinuou que o casal não trabalha, ao pedir “carteira de trabalho neles!”.

PUBLICIDADE

Os comentários dos ex-servidores, que se desligaram recentemente do governo para concorrerem nas eleições de outubro a deputado federal, foram feitos no Twitter, neste domingo, 10, e vieram em resposta a observações de Araujo sobre o Governo Bolsonaro.

“A mudança está nas nossas mãos. Não foram quatro anos difíceis. Foram infernais, foi um pesadelo. Desespero, aumento da miséria. A gente andou para trás a ‘galope’. Não dá para continuar. O poder está nas mãos do povo”, disse a atriz, numa entrevista recente sobre o filme.

“Medida Provisória” acompanha os esforços de um casal que quer se reencontrar depois de o governo editar uma medida que obriga todos os negros do Brasil a se mudarem para a África.

Nesta segunda-feira, 11, depois de cinco posts com ofensas ou ironias à atriz e ao diretor, Camargo disse que o filme é “lacração criminosa” e que deve ser boicotado caso entre em circuito comercial.

Eduardo Bolsonaro também entrou no ‘barco’, ironizando os atores. Ele republicou um post no qual se vê Araujo e Ramos sorrindo numa lancha e o trecho da fala da atriz onde ela diz que foram anos infernais sublinhado. Num segundo post, ele chamou os atores de sequestradores, insinuando que eles roubaram R$ 2,7 milhões de dinheiro público para fazer o filme.​

Nem a atriz nem o diretor responderam publicamente às críticas.

De acordo com a Ancine, o filme usou R$ 2,7 milhões de verbas públicas, oriundas do Fundo Setorial do Audiovisual.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.