Ex-vereador e irmão advogado são condenados por golpe de R$ 50 milhões em Mato Grosso
17 de maio de 2024
João Emanuel Moreira Lima e o irmão Lazaro Roberto Moreira Lima (Composição: Paulo Dutra)
Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium
CUIABÁ (MT) — A Justiça de Mato Grosso condenou o pré-candidato à Câmara de Cuiabá e ex-vereador, João Emanuel Moreira Lima (Solidariedade) e o irmão dele, o advogado Lazaro Roberto Moreira Lima, por envolvimento em “negociações fraudulentas no valor de R$ 50 milhões”. Além deles, Evandro José Goulart e Marcelo de Melo Costa também foram condenados na mesma ação. A decisão foi publicada na última terça-feira, 14.
Os irmãos foram alvos da operação Castelo de Areia, da Polícia Civil, no ano de 2016. Eles foram condenados por crimes de estelionato e organização criminosa. Segundo a investigação, os crimes eram cometidos pela crimes de estelionatos operados pela empresa Soy Group, com sedes em Cuiabá e Várzea Grande. Ao todo, a investigação identificou sete vítimas foram identificadas, desde o início da investigação.
João Emanuel e Lázaro receberam sentenças de 8 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, e foram ordenados a pagar 90 dias-multa cada um. Marcelo, por sua vez, foi condenado a 7 anos e 6 meses de prisão e a pagar 65 dias-multa. Evandro recebeu a condenação de 11 anos e 2 meses de reclusão, em regime fechado, e foi condenado a pagar 130 dias-multa.
A decisão é do juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A reportagem entrou em contato com o ex-vereador João Emanuel e aguarda posicionamento. Também tentamos contato com os outros condenados citados.
Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Reprodução/TJMT)
Parte do esquema envolvia a promessa de obtenção de recursos de instituições bancárias do exterior, com taxas de juros reduzidas. Para isso, o grupo exigia das vítimas adiantamentos para custear os empréstimos. Em um dos golpes, uma vítima informou que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria empregado um indivíduo de origem chinesa para enganá-lo em um suposto investimento em colaboração com a China, levando o investidor a emitir 40 folhas de cheque, totalizando o valor de R$ 50 milhões.
Na sentença, o juiz declarou que o ex-vereador e o irmão cometiam fraudes e ludibriavam pessoas, prometendo empréstimos atrativos e com juros significativamente inferiores à média do mercado financeiro brasileiro.
“O motivo do crime é a tentativa de obter dinheiro fácil por meios ilegais e sem trabalhar dignamente, fato imanente à figura típica. Já as circunstâncias e consequências do crime foram minimizadas pela atuação pontual da polícia”, diz o juiz na decisão.
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