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Exames periciais confirmam que ‘remanescentes humanos’ encontrados em Atalaia do Norte são de Bruno Pereira e Dom Phillips
A informação foi divulgada em nota à imprensa, nesta quarta-feira, 22, pelo Comitê de Crise (Divulgação/CMA)
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22 de junho de 2022
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – Exames periciais confirmam que os “remanescentes humanos” encontrados enterrados em uma área de difícil acesso, em Atalaia do Norte, (1.136 quilômetros distante de Manaus) são, de fato, do indigenista Bruno de Araújo Pereira e do jornalista Dominic Mark Phillips. A informação foi divulgada em nota à imprensa, nesta quarta-feira, 22, pelo Comitê de Crise coordenado pela Polícia Federal do Amazonas.
De acordo com a perícia de genética forense, as amostras biológicas apontaram a presença de dois perfis genéticos distintos. “Os resultados encontrados estão em consonância com as análises de Odontologia Legal, da Antropologia Forense e da Papiloscopia que apontaram tratar-se dos “remanescentes” de Dom Phillips e Bruno Pereira”, informa a nota.
Segundo o documento, as investigações, até o momento, estão concluídas, porém, os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística devem prosseguir. A PF destacou, também, que os corpos das vítimas serão entregues às famílias ainda nesta quinta-feira, 23.
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“Os trabalhos dos peritos (…) continuarão nos próximos dias concentrados na análise de vestígios diversos do caso. Por fim, a Polícia Federal comunica que os corpos de Dom Phillips e Bruno Pereira serão entregues às famílias amanhã, dia 23 de junho, com previsão de decolagem do aeroporto de Brasília às 14h“, finaliza o texto.
No último dia 15 de junho, os materiais encontrados na região de Atalaia do Norte foram encaminhados para Tabatinga, no Amazonas. Do local, os “remanescentes humanos” foram enviados para análise pericial, em Brasília, na quinta-feira, 16.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Eduardo Fontes, só foi possível encontrar a localização exata onde os “remanescentes humanos” estavam, por conta da confissão de Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, então considerado um dos principais suspeitos do caso.
“Nós não teríamos a possibilidade de chegar nesse local, se não tivesse a confissão. Para avançar mata adentro foram mais de 25 minutos de caminhada”, disse o delegado em coletiva de imprensa realizada na noite do dia 15 de junho.
Bruno e Dom foram mortos a tiros e tiveram os corpos esquartejados e queimados. A dupla estava navegando pelo Rio Itaquaí, próximo ao município de Atalaia do Norte, quando flagrou os irmãos Osoney e Amarildo da Costa pescando pirarucu em uma região de pesca ilegal. Após serem rendidos e assassinados, o jornalista e o indigenista, que estavam fotografando na localidade, foram enterrados em uma vala.
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