Exército destrói 11 pistas de pouso clandestinas usadas por garimpeiros em Roraima
10 de julho de 2024

Da Cenarium*
MANAUS (AM) – Onze pistas de pouso clandestinas usadas por garimpeiros ilegais foram destruídas por agentes federais empregados na operação Catrimani 2 em Roraima. A ação foi realizada entre a quarta-feira, 3, e o domingo, 7, por efetivos do Exército Brasileiro (EB), da Força Nacional e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As pistas clandestinas estavam localizadas na região de Campos Novos, uma vila do município de Iracema (RR), distante 91 quilômetros da capital Boa Vista.
A operação contou com o trabalho de inteligência conjunta dos órgãos empregados. Na ação de campo, os agentes utilizaram quatro viaturas de Engenharia especializadas e de grande porte. As pistas foram demolidas com o uso de uma escavadeira, que perfurou valas de até dois metros de profundidade. Os “cortes”, a cada 100 metros, visa impedir que qualquer aeronave realize pouso nos locais.

Desde o mês de abril, a Operação Catrimani II realizou mais de duas mil abordagens na Terra Indígena Yanomami, com o objetivo de prevenir e reprimir atividades de garimpo ilegal, combater crimes ambientais e transfronteiriços. Em junho, os militares realizaram uma nova ação de desintrusão a um dos garimpos ilegais localizado na região de Xitei, próximo à comunidade indígena de Surucucu.
Operação destruiu acampamentos
Em junho, acampamentos montados por garimpeiros ilegais foram destruídos durante a segunda fase da Operação Catrimani, em Território Indígena Yanomami. A ação foi realizada nos dias 21 e 22. Participaram da ação militares das Forças Armadas, Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiental e dos Recursos Renováveis (Ibama).
A operação dos agentes federais ocorreu nos garimpos Feijão Queimado e Hakoma. Ao todo, foram empregados 12 militares, dois integrantes do Ibama e dois agentes da PF. Os acampamentos já estavam esvaziados quando os militares chegaram. Na fuga, os garimpeiros deixaram para trás equipamentos de cozinha, refrigeradores, roupas e tendas grandes.
Segundo os militares, a estrutura dos acampamentos indicava que os espaços eram usados para permanência a longo prazo. Na operação foram destruídos nove motores de barcos e cinco geradores de energia usados pelos garimpeiros nas atividades ilícitas.