Exposição de Renato Soares instala 61 painéis fotográficos nas trilhas do Museu da Amazônia

Painéis retratam a vida e cultura indígenas (Divulgação)
Com informações da assessoria

MANAUS – O Museu da Amazônia (Musa), nas trilhas que recortam a floresta, instalou a exposição de 61 painéis fotográficos de grandes dimensões (120 x 180cm) que retratam a vida e cultura indígenas. As imagens foram registradas entre 1994 e 2019 pelo fotógrafo Renato Soares, em sucessivas viagens e longas estadias em comunidades indígenas da Amazônia.

Veja também: Fotógrafo Renato Soares retrata diversidade étnica dos povos indígenas em exposição no Museu da Amazônia

As fotografias retratam cenas do cotidiano de 20 etnias amazônicas, são parte de um projeto iniciado por Renato, em 2005, em que são registradas imagens indígenas de todo o Brasil. A exposição será inaugurada no dia 19 de abril, às 11 horas, dia dos povos indígenas, e é apresentada pelo Musa por um manifesto em que defende os direitos constitucionais indígenas e denuncia a invasão prepotente e violenta de suas terras.

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“Reparar é preciso. Respeitar as terras que os povos indígenas ocupam é preciso. As demarcadas e as não demarcadas. Defender os direitos estabelecidos na Constituição de 1988: viver de modos diferentes, falar línguas próprias – são mais de 150 – preservar a cultura, a memória, as crenças e hábitos, a fraternidade com a natureza. As fotos em exposição cantam momentos felizes, entre sombras e luzes contam histórias. Renato Soares, maestro e fotógrafo, as ouviu e gravou com rara sensibilidade. Nas trilhas do Musa, deslumbrados, as vemos e ouvimos. Felizes por viver juntos”. (Manifesto: Amazônia Indígena em anexo).

Renato Soares realizou seus primeiros trabalhos acompanhando o indigenista Orlando Villas Boas, nas décadas de 80 e 90. Suas fotografias estão presentes em livros didáticos e foram expostas em galerias e museus no Brasil e exterior.

As fotografias de Renato Soares retratam a intimidade e a amizade, observa Maureen Bisilliat, pioneira na fotografia indígena no Brasil: “Demandam um mergulho para conhecer as pessoas e ver o outro, como se olhasse para si mesmo – como você gosta de se ver?”

O Musa e Renato, com esta exposição, homenageiam a célebre maestra Maureen Bisilliat. No mesmo dia 19, será reaberta ao público a Exposição “Aturas Mandiocas e Beijus”, e na casa de farinha, com o apoio da Associacão das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN), serão preparadas tapiocas e beijus.

Com as educadoras Maria Alice Paulino, Karapãna, Laura Scheine e Kokama, o Musa está promovendo uma oficina de teatro com o objetivo de preservar a memória das histórias, mitos e línguas indígenas.

“Nós, povos indígenas do Brasil e do mundo, estamos juntos, fortalecendo nosso espírito, nossa ancestralidade, nosso território, nossa língua”. (Altaci Rubim Kokama)

Aturás, Mandiocas e Beijus, e Peixe e Gente são exposições mais antigas no Museu da Amazônia, que resgatam tradições, conhecimentos e tecnologias cotidianas de pesca e cultivo de povos indígenas do Alto Rio Negro. Para conhecer mais, acesse: www.museudaamazonia.org.br.

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