‘Fake news’ liga vereadora de Manaus a chefe de gabinete de Moraes
Por: Jadson Lima
07 de agosto de 2025
MANAUS (AM) – A vereadora de Manaus (AM), Thaysa Lippy (PRD), informou, nessa quarta-feira, 7, que vai acionar a Justiça após se tornar alvo de uma campanha de desinformação nas redes sociais, impulsionada por perfis que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e se posicionam contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As publicações atribuem, falsamente, a imagem da parlamentar à de Cristina Yukikiko Kusahara, que teria atuado, segundo as mensagens, como chefe de gabinete do magistrado.
A campanha de desinformação é difundida em várias plataformas digitais, em formato de texto e vídeo, afirmando que a vereadora teria colaborado para efetivar as prisões dos radicais que invadiram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. Segundo Lippy, as publicações, ao viralizarem, causaram danos à sua imagem e honra, uma vez que sua foto aparece nos conteúdos falsos. As ações judiciais serão ingressadas por sua equipe jurídica tanto na esfera cível quanto na criminal.
Em vídeo publicado em seu perfil, Lippy reiterou que usuários ligados ao bolsonarismo estão utilizando sua imagem de forma criminosa, ao afirmarem que ela seria a suposta chefe de gabinete de Moraes. Segundo a vereadora da capital amazonense, a ação coordenada pelos internautas visa confundir a população. Ela afirmou, ainda, que todas as pessoas que continuarem compartilhando o conteúdo serão responsabilizadas judicialmente.
“Usam a minha imagem de forma mentirosa e criminosa como se eu fosse uma tal de Cristina Yukikiko Kusahara, suposta chefe de gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Isso é uma fake news, é uma mentira. Eu nunca tive qualquer vínculo com essa Cristina e muito menos com o ministro do STF. Estão tentando me atacar, me descredibilizar e confundir a população“, declarou Lippy.
As mensagens que vinculam a vereadora ao gabinete de Moraes surgem em um momento de intensificação dos ataques ao ministro, especialmente após o avanço de uma ação penal contra Jair Bolsonaro e auxiliares militares. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado, após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Moraes é o relator do caso no STF.
Lippy destacou que a ação coordenada pelos perfis constitui crime contra a honra, passível de condenação por danos morais. A infração está prevista no Código Penal Brasileiro, nos artigos que tratam de calúnia, difamação e injúria, especialmente quando praticadas em ambiente virtual, o que pode agravar a pena.