Falta de acesso à água potável prejudica a higiene pessoal de pessoas de baixa renda

Lavar as mãos corretamente previne doenças. (Divulgação)

Com informações da assessoria*

MANAUS – A água potável é um dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988. Apesar do documento, quase 35 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço, segundo o Instituto Trata Brasil.  O cenário se mostra preocupante em tempos de pandemia, quando a higienização, principalmente das mãos, é fundamental para prevenir a contaminação por Covid-19, além de outras doenças infecciosas.

Em Manaus, de acordo com o Ranking de Saneamento de 2021 do Trata Brasil, 2,5% da população não tem água tratada. No relatório de 2020, esse percentual era de 8,1%.

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No planeta, quase metade da população (3 bilhões de pessoas) não tem acesso a um lavatório com água e sabão em casa. A maior parte destes indivíduos está em países mais pobres ou em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. O dado é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“A lavagem das mãos é fundamental para a saúde, pois remove parte das bactérias e vírus com os quais temos contato ao longo do dia. Esses patógenos vêm das superfícies que você toca e, ao lavar as mãos, há grandes chances de irem ’embora’ com a água”, explica o infectologista Marcelo Cordeiro, consultor médico do Sabin Medicina Diagnóstica.

O ato é tão importante que ganhou uma data especial: 15 de outubro, Dia Mundial de Lavar as Mãos. A campanha visa conscientizar a população do planeta sobre a importância da limpeza constante dessa parte do corpo.

Cenário local

Em se tratando do panorama local, a falta de acesso à água potável ainda afeta mais de 54,4 mil pessoas em Manaus. O estudante Wesley Serrão, 20 anos, é um desses manauaras prejudicados. Ele mora no conjunto João Paulo II, bairro Nova Cidade, na zona norte da capital. Por lá, o serviço de água está instável há cerca de dois anos, precisando, muitas vezes, da ajuda de carros-pipas para abastecer a comunidade. “Quando falta água, altera completamente a nossa rotina. Prejudica não só a higienização das mãos, mas também atividades básicas, como tomar banho e escovar os dentes”, relata Serrão.

O cenário descrito pelo jovem se repete em muitas casas ao redor do mundo. A dificuldade para conseguir água potável pode prejudicar a higienização das mãos, comprometendo a saúde do indivíduo como um todo.

Água limpa

O consultor médico do Sabin ressalta que é preciso ter atenção à qualidade da água utilizada para a higienização das mãos. É fundamental usar água potável. Caso contrário, o próprio mineral poderá trazer para as pessoas microrganismos indesejados. “Para lavar bem as mãos, é necessário água potável e sabão ou detergente. Se você não tiver acesso a esses elementos no momento, pode buscar alternativas. A mais conhecida é o álcool gel 70%”, explica o infectologista.

Confira o passo a passo para a limpeza correta das mãos:

1.   Passar sabonete/sabão e água limpa nas mãos;

2.   Esfregar as palmas;

3.   Esfregar a ponta dos dedos na palma da outra mão;

4.   Esfregar os dedos de uma mão contra os de outra;

5.   Esfregar os polegares individualmente;

6.   Lavar o dorso das mãos;

7.   Lavar os punhos; 8.   Secar com toalha limpa.

Confira errata de Repercussão Assessoria

“Informamos que, lamentavelmente, cometemos um erro ao utilizar como base para elaboração do nosso release sobre o Dia Mundial de Lavar as Mãos (enviado a esse veículo semana passada), o ranking de saneamento 2020 do Instituto Trata Brasil, com dados do ano de 2018.

Isso porque o Instituto já produziu um novo estudo com números atuais. De acordo com o ranking de 2021, o percentual de pessoas sem acesso à água potável na cidade é de 2,5%, apenas.

Pelo equívoco, esta assessoria pede sinceras desculpas ao veículo e solicita, encarecidamente, que os dados sejam corrigidos na publicação”.

*Matéria corrigido às 11h59 de 21 de outubro

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