Falta de coordenação dificulta pautas de interesse governista no Senado

Ainda não foi desta vez que o presidente Jair Bolsonaro conseguiu se sintonizar com o Senado (Sérgio Lima/Poder 360)
Via Brasília – Da Cenarium

Senado solto

Ainda não foi desta vez que o presidente Jair Bolsonaro conseguiu se sintonizar com o Senado. Não bastasse a CPI da Covid, que provoca tensão com o governo federal, há, ainda, a falta de coordenação política na Casa, que produziu um colegiado que toca suas próprias pautas, à revelia do Planalto. Pela segunda semana consecutiva, a pauta no Senado foca em temas que interessam aos senadores, não a Bolsonaro. Solto, Rodrigo Pacheco deu encaminhamento à PEC 110, da reforma tributária, apesar dos governistas apostarem no PL do Imposto de Renda. O novo Refis também foi aprovado na Casa com a oposição do Ministério da Economia.

Guerra contra democracia

Ciro Nogueira precisaria dar mais atenção ao Senado, mas segue com seu tempo sequestrado para “amortecer” os ataques do presidente, o STF, o TSE e até ao próprio Senado. Já Bolsonaro, enquanto dedica parte do seu tempo a dar “tiros de canhão” nas instituições e a acompanhar exercícios militares e tanques fumegantes, cria uma verdadeira cortina de fumaça sobre o que realmente importa ao País. Para Bolsonaro, o que importa é manter sua seita animada com a guerra que promove contra a democracia.

Pauta Gás de cozinha

Falando em Senado, a Casa deve votar amanhã um projeto de Eduardo Braga (MDB-AM), que cria o programa Gás para os Brasileiros. A ideia é aumentar em R$ 0,20 a Cide sobre o litro da gasolina – o que daria um montante de R$ 6 bilhões anuais para bancar descontos no preço do botijão para famílias carentes. No entanto, a proposta de aumento do preço dos combustíveis foi considerada uma forma impopular de resolver o problema por parte de Bolsonaro. O governo corre para apresentar uma solução própria, mas ainda não decidiu de onde vai tirar a verba para o subsídio.

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