Família Bolsonaro se mobilizou nas redes para gerar engajamento sobre internação do presidente

Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Reprodução)
Com informações do O Globo

SÃO PAULO – Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começava a ser transferido do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, para São Paulo, anteontem, já começava nas redes sociais uma mobilização para gerar engajamento político em torno de sua internação. Apenas no Twitter, pelo menos 20 publicações sobre o tema, entre comentários e compartilhamentos, partiram do perfil do presidente, do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) nas 24 horas seguintes após o anúncio da transferência. Além disso, foi identificado uso de robôs no Twitter para impulsionar mensagens de apoio.

A primeira postagem no perfil do presidente foi feita às 16h de quarta-feira, 14, quando ele estava sendo transferido para a UTI Móvel que o levaria para a Base Aérea de Brasília, onde um jato estava pronto para lhe transportar para São Paulo.

“Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao Psol, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil”, publicou Bolsonaro.

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Enquanto na conta do Twitter do presidente foram feitas oito publicações sobre sua internação, o perfil de seu filho mais ativo nas redes sociais, o vereador Carlos Bolsonaro fez uma postagem sobre o assunto no período. Ele já disse que acessa as redes sociais do pai.

A maior parte das publicações no Twitter do presidente e dos filhos foram distribuídas para outras redes, como Facebook, Telegram, Instagram e Gettr. A publicação de maior alcance foi a foto de Bolsonaro sem camisa num leito do hospital, que apenas no Instagram teve 1,8 milhão de curtidas. Posicionamentos públicos de autoridades hospitalizadas são comuns, mas a praxe é que haja menos exposição.

Perfis de apoiadores também usaram o estado de saúde do presidente para gerar um engajamento político a seu favor na internet. Além de subirem hashtags como #Adélio e #QuemMandouMatarBolsonaro, mencionando o episódio da facada sofrida por Bolsonaro na campanha de 2018, foi identificado o uso de robôs para gerar um engajamento artificial em torno do tema.

Segundo a plataforma BotSentinel, que localiza contas administradas por robôs no Twitter, foram identificados 45 bots postando a #OremPeloPresidente. A mensagem começou a ser usada por internautas após a notícia de que o presidente iria passar por exames em São Paulo e sobre a necessidade de uma cirurgia.

Na manhã de ontem, Flávio publicou uma atualização do estado de saúde do presidente, afirmando que ele havia acordado bem e usou a tag #QuemMandouMatarBolsonaro. Já o titular do Planalto publicou uma resposta a supostos ataques que estariam sendo feitos nas redes afirmando que “A guerra também é espiritual”. 

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