Familiares afirmam que corpos encontrados em São Paulo são de amazonenses desaparecidas

As amigas estavam desaparecidas desde o dia 3 de junho (Reprodução/Internet)
Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – Dois corpos encontrados pela Polícia Civil de São Paulo no acostamento da rodovia Mário Covas, que fica entre São Paulo e Itapecerica da Serra, são das amazonenses Júlia Renata Garcia Rafael, 25 anos, e Cláudia Cristina Pinto Pereira, 35 anos. As amigas estavam desaparecidas desde o dia 3 de junho após saírem para uma festa na comunidade Paraisópolis, na zona Sul da capital paulista. A identificação foi confirmada pelos familiares das mulheres.

As vítimas viviam na capital paulista e não tinham nenhuma desavença, segundo os familiares. Eles também não sabem informar o motivo do crime. “A família reconheceu os corpos. Que são elas, a gente não tem nenhuma dúvida”, afirmou o delegado e diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Fábio Pinheiro, ao “Brasil Urgente”, da Band. A autoridade policial destacou ainda que os familiares de Cláudia reconheceram as duas pelas tatuagens no corpo, já que uma delas tinha o nome do filho gravado.

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A Polícia Civil informou ainda que os corpos estavam vestidos com calça jeans e blusa cropped. Estavam também sujos de barro, o que indicaria que foram enterrados e desenterrados. A polícia encontrou ainda tatuagens pelo corpo das vítimas, o que facilitou a identificação. Os corpos ainda continham cal, substância utilizada para acelerar o processo de decomposição.

Uma amiga, que estava na mesma festa, relatou que ao final do evento esperava um carro que as levaria para casa, quando as vítimas falaram que iriam “para casa com o dono do rolê” e não seguiram viagem.

Suspeitas

As investigações apontam, até o momento, que as vítimas podem ter sido atraídas para a festa. Após a saída do evento, as duas teriam sido mortas em uma localidade próxima ao local onde foram encontradas. Como a polícia acredita que Júlia e Cláudia foram enterradas, a suspeita é que foram retiradas das covas por conta da repercussão que o caso teve e por causa também da investigação policial.

Em entrevista ao “Brasil Urgente”, a irmã de uma das vítimas, Deborah Garcia, afirmou que possivelmente as amigas foram mortas por terem sido confundidas com traficantes da região.

O dono da festa em que as vítimas foram vistas pela última vez, Gledson Ferreira, é investigado e se tornou suspeito pela polícia. Gledson pediu para que Júlia fosse até a festa, segundo mostra mensagens que a vítima trocou com uma amiga. Em outra conversa, a vítima afirmava que Gledson era o famoso “dono do rolê”. Em depoimento, ele afirma que realmente levou as meninas para a festa, mas depois não foram mais vistas.

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