Familiares apontam negligência em caso de jornalista do AM que morreu após bariátrica

Melina sofreu uma parada cardíaca e foi a óbito, após complicações de uma cirurgia bariátrica (Reprodução)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Familiares e amigos da jornalista e advogada Melina Seixas Tavares, que morreu no último sábado, 5, em Manaus, após complicações de uma cirurgia bariátrica, estão alegando que a mulher foi vítima de negligência médica. Filha do ex-prefeito de Barreirinha (a 330 quilômetros da capital amazonense), Gilvan Seixas, e irmã do atual gestor da cidade, Glênio Seixas, Melina passou mal em uma clínica endogástrica, quando precisou ser encaminhada para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, na zona Centro-Sul, onde sofreu uma parada cardíaca e veio a óbito.

De acordo com o relatório do Instituto Médico Legal (IML), o mal-estar apresentado por Melina começou por volta das 9h na clínica Endogastro de Manaus, no bairro Vieiralves, na zona Centro-Sul. Logo, ela foi levada para a unidade hospitalar do Estado. Às 18h20 de sábado, a morte da jornalista foi confirmada pela equipe médica. Segundo o IML, a causa do óbito, no entanto, ainda não foi confirmada, pois os legistas aguardam resultados dos exames.

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Melina deixa o marido, Darlan Tavares Peres e uma filha adolescente. A jornalista havia feito a bariátrica, que consiste em uma cirurgia para redução do estômago, indicada para tratar casos de obesidade grave. Nas redes sociais, familiares e amigos de Melina Seixas, que preferiram não se identificar, estão pedindo esclarecimentos do gastroenterologista Edson Ritta Honorato, que teria realizado o procedimento cirúrgico na mulher.

Segundo mostra uma publicação, ao ser encaminhada para o Hospital 28 de Agosto, o médico teria ido embora sem prestar explicações. “Dr. Edson Ritta Honorato Ritta queremos uma explicação, a família precisa de uma explicação… o que houve? Precisamos de esclarecimentos dos fatos, você deixou ela [Melina] na porta do 28 de Agosto e foi embora por quê? Dr. Edson Ritta, aguardamos seu retorno. Minha prima linda e amada, você estará sempre em nossos corações. E pode ter certeza que não vamos nos calar, sei que faria o mesmo por mim”, publicou uma prima, no Facebook.

Comoção

A morte da jornalista gerou comoção nas redes sociais. A Câmara Municipal de Barreirinha publicou uma nota de pesar pelo óbito de Melina. “Diante dessa perda irreparável, não há palavras para expressar todo o sentimento de tristeza pelo falecimento de Melina Seixas”, diz trecho da nota.

Câmara Municipal publicou nota de pesar (Reprodução)

A Prefeitura de Barreirinha, além de lamentar a morte de Melina e presta sentimentos ao prefeito Glênio Seixas e ao ex-prefeito Gilvan Seixas, declarou luto oficial de três dias em homenagem à jornalista. Nas redes sociais, o Executivo Municipal lembrou da vida profissional da jornalista.

“Melina dedicou-se à carreira de jornalista e na busca pelo crescimento profissional, formou-se bacharel em direito. Mel, como era carinhosamente chamada por todos, foi uma mulher cativante, de fácil acesso e demonstrava uma alegria contagiante, conquistando muitos amigos que a admiravam por toda Barreirinha, e que hoje choram a sua partida repentina”, declarou a prefeitura, no Facebook.

Prefeitura declarou luto oficial de três dias (Reprodução)

Amigos e personalidades políticas também prestaram uma homenagem à Mel. O jornalista Jefferson Muniz, ao publicar uma foto com Melina nas redes sociais, lembrou dos tempos de faculdade, quando ele conheceu a amiga e futura colega de profissão.

“Vou lembrar do seu carinho e humildade sempre. Realmente sem palavras para descrevê-la. Mas o sentimento de perda é grande. Deus conforte sua família, seu irmão Glênio José Marques Seixas, e todos nós que vamos sentir tua falta”, escreveu, na publicação.

Jefferson Muniz prestou homenagem à amiga de faculdade (Reprodução)

O deputado estadual do Amazonas Átila Lins publicou uma nota de pesar sobre o falecimento de Melina Seixas. Nas redes sociais, o parlamentar lembrou do talento profissional e da competência desempenhados pela jornalista e advogada, e declarou que ela deixa uma legião de amigos inconformados com sua partida prematura.

Deputado Átila Lins lembrou do profissionalismo de Mel (Reprodução)

Parada cardiorrespiratória

Em nota, a direção do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto esclarece que a paciente deu entrada na unidade após realizar procedimento em clínica particular, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada para o HPS via Samu.

No transporte para a unidade, a paciente sofreu novamente uma parada cardiorrespiratória. Ela deu entrada no HPS já intubada, recebeu medicação adequada, mas sofreu outras paradas cardiorrespiratórias, tendo que ser reanimada pela equipe de emergência do hospital, mas a paciente não resistiu e veio a óbito.

A unidade ainda esclarece que a família da paciente solicitou a remoção do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML).

Sem retorno

A REVISTA CENARIUM entrou em contato com o médico Edson Ritta Honorato, por meio do número com final 384, questionando se o profissional de saúde gostaria de se posicionar sobre o caso. Até a publicação desta matéria, sem retorno.

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